O grupo do ex-presidenciável Ciro Gomes já traça planos para as eleições de 2026 e pode lançá-lo candidato à Câmara Federal, ao Palácio da Abolição ou mesmo ao Senado. A informação sobre o futuro de Ciro pode ser estendida como recado para os adversários que comandam a dissidência dentro do PDT. Os dissidentes são aliados ao Governo Elmano.


As três hipóteses de candidaturas não podem ser descartadas e surgem em meio à crise que esfacela o PDT no Ceará. Com boa antecedência, o grupo cirista deixa recado para o Ministro da Educação, Camilo Santana, para o senador Cid Gomes e para os atuais quatro deputados federais (Mauro Filho, Eduardo Bismarck, Robério Monteiro e Idilvan Alencar) que estão abandonando a legenda.


Mauro, Bismarck, Robério e Idilvan e os suplentes Leônicas Cristino e Ana Paula somaram, juntos, em 2022, 699.675 votos. O PDT está perdendo todos esses votos a caminho de 2026, o que pode significar três ou quatro vagas a menos na bancada federal.


Idilvan Alencar: 187.136 votos
Robério Monteiro: 151.030 votos
Mauro Filho: 135.038 votos
Eduardo Bismarck: 102.287 votos
Leônidas Cristino: 74.773 votos
Ana Paula: 49.411 votos

JOGO DE PRESSÃO E CENÁRIOS PARA CIRO


A notícia do Jornal Folha de São Paulo sobre uma possível candidatura de Ciro à Câmara Federal faz sentido e pode representar um caminho seguro para o PDT mitigar os estragos que ficarão com a saída de Mauro Filho, Eduardo Bismarck, Idilvan Alencar, Robério Monteiro, Leônidas Cristino e Ana Paula.
Ciro seria lançado como uma espécie de puxador de votos, cumpriria a missão de atrair eleitores e garantir, pelo menos, a eleição de uma bancada com três ou quatro deputados federais. Em 2006, Ciro, que estava filiado ao PSB, recebeu 667.830 votos à Câmara.


A boa quantidade de votos de Ciro Gomes possibilitou à coligação partidária, que tinha o PSB e o PT, aumentar o número de vagas na Câmara. Naquela eleição, o número mínimo de votos (coeficiente eleitoral) para um partido eleger um deputado federal era de 180 mil votos. Ciro foi além e quase quadruplicou o coeficiente eleitoral.

GOVERNO OU SENADO


Se candidato ao Governo do Estado, Ciro enfrentará, em 2026, o atual Governador Elmano de Freitas, com estilo de bater e ir pra cima dos adversários. A possibilidade de candidatura ao Senado pode atrapalhar a agenda do irmão Cid que, para quem o cerca, não jogou a toalha de uma reeleição em 2026.
Importante lembrar, ao mesmo tempo, que o jogo de pressão hoje pode significar, também, a reabertura de portas para uma composição na sucessão estadual com o PT, mesmo com todos os conflitos no presente.

BATE PAPO NO JORNAL ALERTA GERAL


Sobre a crise no PDT, com a briga pelo comando regional, o repórter Carlos Alberto relata, hoje, no Jornal Alerta Geral, os cenários que as lideranças da sigla começam a elaborar para as eleições de 2026. A preocupação, a curta prazo, é com a reeleição do prefeito de Fortaleza, José Sarto. Quanto ao Interior do Estado, o PDT deve perder mais de 50 dos 66 prefeitos eleitos pela legenda em 2020.

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