Os pedidos de falência caíram 16,0% em 2018 na comparação com o ano anterior, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista. Mantida a base de comparação, as falências decretadas registraram alta de 9,6% e os pedidos de recuperação judicial subiram 7,9%. As recuperações judiciais deferidas apontaram avanço de 5,8%.
Na comparação mensal os pedidos de falência caíram 29,7% em dezembro, assim como as falências decretadas (-19,0%) e recuperações judiciais deferidas (-2,2%). No sentido contrário, os pedidos de recuperação judicial cresceram 8,9%.
O resultado de 2018 representa o segundo ano consecutivo de queda nos pedidos de falência. Esse movimento está atrelado a melhora nas condições econômicas desde 2017, que permitiu as empresas apresentarem sinais mais sólidos nos indicadores de solvência. Entretanto, a continuidade desse processo dependerá de uma retomada mais acelerada da atividade econômica.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por porte
A tabela 2 mostra como estão distribuídas as falências e recuperações judiciais por porte de empresa no acumulado em 2018 a partir dos critérios de porte de empresa adotados pelo BNDES1. As pequenas empresas, por exemplo, são responsáveis por 91,4% dos pedidos de falências e 90,7% dos pedidos de recuperação judicial. Com relação as falências decretadas e recuperação judicial decretadas, também houve predominância de ocorrências entre pequenas empresas, sendo de 96,5% e 90,7%, respectivamente.
Distribuição das falências e recuperações judiciais por setor
Na divisão por setor da economia, o setor de serviços foi o que representou o maior percentual nos pedidos de falência (41,7%), seguidos do setor industrial (31,9%) e do comércio (26,4%). Com relação à variação dos pedidos de falência, a indústria foi o setor que mais reduziu no ano de 2018, com queda de 34% ante 2017. Mantida base de comparação, o comércio e setor de serviços diminuíram seus pedidos de falência em 21% e 20% respectivamente.