Os pedidos de recuperação judicial no estado do Ceará registraram um aumento de 31% em 2017 comprado com 2016. Foram feitos 21 no último ano, ante 16 em 2016, segundo a base de dados jurídica DBJus. O aumento vai na contramão do cenário nacional, que indica queda de 23,7% no mesmo período, de acordo com o Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).

Segundo especialistas da área econômica, os problemas enfrentados por empresas cearenses são comuns às demais companhias que recorrem à recuperação judicial: alto endividamento, dificuldades de rolagem dos passivos junto a instituições financeiras, escassez de capital de giro e desalinhamento entre custos e despesas.

Apenas 23% das empresas brasileiras que entram em recuperação judicial completam o ciclo de dois anos que a justiça determina retomando suas atividades normalmente – as outras 77% terminam por decretar falência e a principal causa é justamente não fazer uma correção de rumo impactante o suficiente.