O número de pedidos de seguro-desemprego no Brasil, na primeira quinzena de maio, foi 76,2% superior ao mesmo período do ano passado. Em abril, também foi percebida alta: o volume era 22,1% maior do que o mês de 2019. Os dados da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia revelam o cenário do mercado de trabalho após a chegada do novo coronavírus ao país. Mas nem todos que ficaram desempregados na pandemia estão nestes índices.

No período, os três estados com maior número de requerimentos foram São Paulo (149.289), Minas Gerais (53.105) e Rio de Janeiro (42.693). O Ceará ocupa a 8ª posição entre os estados com maiores números de requerimentos, tendo contabilizados 18.983 pedidos. Desse total, 17.843 foram realizados via internet.

Foi possível verificar também que houve aumento de 58,7% das requisições feitas presencialmente (113.446) em relação à segunda quinzena de abril (71.503). Este crescimento pode ser relacionado à edição do Decreto 10.329 de 28 de abril de 2020, que definiu as atividades de processamento do seguro-desemprego como essenciais, o que contribuiu para a retomada do atendimento presencial.

Ainda assim, é possível constatar que, com as medidas de isolamento social decorrentes da pandemia da covid-19, os atendimentos via web (390.867) se mantiveram em patamar elevado e representaram 77,5% do registrado na primeira quinzena de maio.

Como o trabalhador tem até 120 dias para requerer o seguro-desemprego, é possível estimar que até 250 mil pedidos ainda possam ser realizados. Os requerimentos podem ser feitos de forma 100% digital e não há espera para concessão de benefício.