O pente-fino do INSS iniciado no final do mês de julho analisou, até o momento, 238 mil benefícios e cortou 55% dos auxílios-doença revisados. São 133 mil pessoas que deixam de receber o benefício por algum tipo de irregularidade.
Os dados do Ministério da Previdência Social apontam que a medida gera uma economia de R$ 1,3 bilhão. Os recursos correspondem aos pagamentos que seriam feitos até o final do ano de 2024 e representam 44,83% dos R$ 2,9 bilhões que o governo espera economizar ao longo do processo de revisão dos benefícios.
O Ministério da Previdência Social tem como meta revisar, até o dia 31 de dezembro deste ano, 800 mil benefício do auxílio-doença, gerando uma expectativa de economia de R$ 1,6 bilhão.
Segundo o secretário do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), Adroaldo da Cunha Portal, o processo de revisão está em consonância com os esforços do governo para equilibrar as contas públicas e retrata, também, a utilização do sistema Atestmed.
O sistema automatizado de concessão de benefícios por incapacidade temporária permite o envio de atestados médicos via a plataforma Meu INSS, sem a necessidade de perícia médica inicial, o que reduziu significativamente a fila de espera.
Com o pente-fino, o INSS identifica fraudes e irregularidades, recorrendo à inteligência artificial para verificar a autenticidade dos atestados médicos. Entre as irregularidades que passaram a ser investigadas, estão atestados com a mesma caligrafia e emitidos em curto período de tempo, mas em locais distantes.