Então, amigos, que fim levou a sua libido? Onde foi parar o desejo de fazer amor? O tesão? Por onde se perdeu? As queixas com relação à falta de desejo sexual são numerosas e abrangem casais de todas as faixas etárias… A cama se transformou em um espaço onde se dorme, apenas.
Tivemos o advento da pandemia, primeira em nossa geração. Assustados, a nossa preocupação estava em sobreviver da melhor maneira possível: toques, carícias, tudo isso ficou ou abandonado ou sendo feito dentro de tantos cuidados que na melhor da hipótese, brochava.
O auge do pesadelo passou, mas a falta de libido, não, até bem pelo contrário, parece ter virado uma epidemia e o que se mais escuta são queixas de pessoas, como disse, em todas as faixas etárias adultas, lamentando a falta de desejo sexual, um fator importante na harmonia entre os casais.
Sei bem que somos pessoas ocupadíssimas e normalmente dominamos vários projetos em um único dia. Somos multifuncionais e para nós, mulheres, geralmente, lamentavelmente recaem ainda mais tarefas: pensar nas crianças (quando as temos), pais, mães, a família em si. Nos cobramos de ser ótimas profissionais, manter horários, eficiência, planos etc. E ainda estar disponíveis para todos, sabendo ouvir, ajudar, aconselhar, amparar etc. E ainda queremos nos manter bonitas, cheirosas, gostosas…
O excesso de afazeres, a vida corrida, o redemoinho tecnológico que deveria nos ajudar, parece contribuir para o esgotamento que estamos vivendo. A geração “arrasta pra cima”, como diz meu filho, com homens e mulheres presos no celular, vendo ou não vendo nada específico, isso tudo ajuda no desgaste. Faz-se necessário parar. Respirar fundo, analisar para onde a energia está escorrendo, porque é a perda dessa energia vital, que está fazendo com que homens e mulheres percam a libido.
Faz-se necessário parar de alguma forma, reavaliar o que se está fazendo, aprender a fazer de outra maneira, priorizar o descanso, o relaxamento, desligar celulares em casa e CONVERSAR com a família. Ao se recolher ao quarto, levar junto com o corpo, também o cérebro e deixar longe o celular.
Passar alguns dias se dedicando às carícias, massagens gostosas, feitas um no outro, sem intenção de chegar ao ápice sexual, meu conselho é que passem alguns dias sem tentar o intercurso amoroso, ficando apenas no namoro inocente…
O corpo precisa desse tempo, para se refazer, e após uns dias, que variam de casal para casal, posso garantir que o desejo voltará naturalmente.
Verdade seja dita: Não estávamos preparados para essa oferta toda, esse exagero todo, esse admirável mundo novo que aparentemente tem coisas maravilhosas a nos oferecer, mas até para isso temos que parar e reavaliar a rota, para aí sim, saber escolher dentre tantas ofertas as melhores para nós, porque desta forma, com essa “chuva de oportunidades” caindo na nossa cabeça, o que estamos colhendo é apenas estresse e excesso de cansaço, o que se reverte facilmente no fim do desejo sexual, dentre outros malefícios aos nossos corpos e mentes.
Pit Stop. Essa é a hora. Coloque as ideias que dou para melhorar a relação amorosa e assim, esperar tranquilamente o retorno da libido, porque ela virá…
Não somos super-humanos. Nos esgotamos com os excessos, precisamos de descanso, precisamos de um tempo para nós porque é assim que reabastecemos as energias e conseguimos prestar atenção a nós mesmos. Quando nos deixamos levar pela roda viva de afazeres, estamos nos colocando em situação de risco e isso não é nem um pouco saudável, nem para nós e nem para as pessoas que amamos.
Reajustando a libido:
1. Mexa-se
Parece lugar comum, porque sempre falo sobre isso, mas é sério! Quanto mais vocês se exercitarem, melhores as chances de aprimorar a vida sexual. A satisfação sexual está correlacionada diretamente com os exercícios. “Quanto menos exercício se pratica, menor o desejo e a satisfação sexual”, assim diz um estudo cuja autora é Judith R. Gerber, PhD, uma psicóloga da Universidade de Vermont College of Medicine. E para quem absolutamente não tem tempo para frequentar uma academia, saiba que apenas caminhar por no mínimo 30 minutos diários já fará um bom efeito. O importante é se mexer (antes na pista, depois na cama) …
2. Ela, a massagem
Massagens um no outro e também automassagem, isso mesmo, toque-se. “O contato das mãos na pele estimula o hormônio oxitocina”, diz Ian Kerner, PhD, autor de She Comes First. “Quanto mais oxitocina liberada, mais estimulado você se sentirá”. Agora, se for possível, coloque uma sessão de massagem profissional semanal ou mesmo quinzenal por um tempo, você verá benefícios, acredite.
3.Pense em sexo
Isso só valeria há um tempo atrás, para nós mulheres, já que homem “só pensa naquilo” ok, que eles estão até mesmo desestimulados, mas seus olhinhos sempre seguirão um belo traseiro, que porventura passar por eles… Brincadeira à parte, não, o desestímulo sexual atinge homens e mulheres, como disse, como uma epidemia. A questão é que o fato de nunca pensar em sexo (somente quando já estamos na cama) ajuda na diminuição de nossa libido! Para reverter esse quadro, um filme, ou uma leitura erótica ajudará. Pensar no último encontro também contribuirá para aquecer as turbinas, pense em sexo, portanto!
4. Filme e meditação
E essa é para as meninas: Por falar em filmes eróticos, pesquisadores da Universidade do Canadá, em British Columbia e Hadassah Hospital Universitário de Israel mediram reações entre 24 mulheres assistindo um filme erótico, e novamente, voltaram a medir depois que elas participaram de três sessões de meditação. Observando o mesmo filme, as mulheres mostraram-se muito mais excitadas do que durante a primeira exibição. “A meditação pode alterar diretamente o processamento do cérebro e permitir que as mulheres experimentem a excitação de forma mais intensa”, diz a co-autora do estudo Lori Brotto, PhD. Sendo assim, a ordem é relaxar, meninas, porque o resultado da meditação é exatamente o relaxamento em sua forma mais profunda.
5. Falta ferro (e não vale trocadilho infame)
Dois nutrientes negligenciados podem ser os culpados pelo desinteresse sexual. “Os baixos níveis de ácido fólico podem fazer você se sentir cansado, sem energia para o sexo”, diz Martha Morris, PhD, pesquisadora da Universidade Tufts; corroborando com pesquisas americanas que mostram que muitas pessoas não estão recebendo o suficiente desta vitamina B. E a falta de ferro pode esgotar neurotransmissores cerebrais, o que leva à letargia, diz o pesquisador suíço Bernard Favrat, MD. A correção para ambos os problemas: um multivitamínico diariamente com 100% do DV para o ferro (18 mg) e ácido fólico (400 mcg). Procure nas melhores marcas de multivitamícos e suplementos para encontrar os que são certos para você, ou consulte seu médico sobre isso.
6. Atividades físicas à noite
Para algumas pessoas, exercitar-se muito perto da hora de dormir faz com que seja difícil relaxar e pegar no sono. Mas, se o problema é baixa de libido, podemos jogar com isso a nosso favor, fazendo alguns exercícios à noite. Aproveite esse aumento de energia para a vida sexual. “Depois de 35 a 40 minutos de exercício moderado, tudo em seu corpo se torna mais vibrante”, diz Janet Hyde, PhD, professora de psicologia da Universidade de Wisconsin-Madison. Seu sangue está circulando, o sistema nervoso está a pulsar, por isso, praticar o sexo após uma sessão de exercícios pode resultar em excelentes noites!
7. Taxas hormonais
Hormônios em baixa atrapalham o desempenho sexual, extinguindo o desejo. Pense em fazer uma consulta ao seu médico e relate sua baixa de libido. Talvez um ajuste nestas taxas resolva o problema, muitas vezes o problema é físico, não emocional e é nestas horas que um bom medicamento, receitado pelo seu médico, ajudará. Mulheres próximo à menopausa, por exemplo, tendem a ter as taxas hormonais diminuídas, por misso a necessidade de exames anuais (no mínimo).
8. Cuidados com os remédios
Alguns remédios tem como efeito secundário a diminuição do desejo sexual e quando detectado, pode ser facilmente trocado por outro, sem esse efeito, pelo seu médico. Como exemplo: Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), uma classe de medicamentos que inclui o Prozac e Zoloft, “são provavelmente a causa número um de anorgasmia (incapacidade de ter um orgasmo)”, diz Andrew Goldstein, MD, do Centro de Bem-Estar Sexual, em Annapolis, MD. Eles provocam um verdadeiro curto-circuito o seu centro de prazer, diminuindo os níveis de dopamina para o cérebro (um dos elementos do triunvirato sexual, juntamente com estrogênio e testosterona)” e o pesquisador orienta quanto à troca. Assim como esses, outros remédios podem interferir na sua disposição sexual, portanto ao perceber que “alguma coisa mudou” logo após a introdução de um determinado medicamento, não tarde a procurar seu médico porque certamente haverá uma troca aceitável.
9. Taxas de dopamina
Atenção a mais para as meninas: de acordo com pesquisas, os cérebros das mulheres são naturalmente mais ativos do que os dos homens, mesmo durante o sexo. A razão pode estar nos níveis mais baixos do neurotransmissor dopamina. “A dopamina cria o desejo de ir atrás de uma recompensa, neste caso, um orgasmo”, explica Anita Clayton, MD, professora clínica de obstetrícia e ginecologia na Universidade da Virgínia. Segundo ela, a dopamina também aumenta o fluxo de impulsos sensoriais para os órgãos genitais, essenciais para a excitação. Mas os baixos níveis deste neurotransmissor causado pelo estresse, principalmente, podem atrapalhá-la durante o sexo. Pergunte ao seu médico sobre um suplemento que contenha o hormônio DHEA, ele poderá ajudar a manter os níveis de dopamina em bases normais e acabar com esse problema.
10.Tempo na relação
Vocês não precisam de três horas de prazer alucinante para uma sessão de sexo satisfatório. O que precisa mesmo é estarem conectados ao momento. Aparentemente, apenas 7 a 13 minutos fazendo amor já é considerado suficiente por homens e mulheres, segundo mostra uma pesquisa da Universidade Estadual da Pensilvânia. Para chegar a esse número, os pesquisadores entrevistaram 34 especialistas em sexo, entre os mais importantes do país, que aconselham coletivamente milhares de norte-americanos sobre o tema e verificou-se que apesar de algumas diferenças de quanto tempo deve durar a relação sexual ideal os números ficaram em torno desses poucos minutos. Portanto, não se trata aqui de nenhum grande e demorado intercurso sexual (embora, eventualmente seja bem interessante praticar esse tipo de relação). Desde que consigamos conexão, até aquela “rapidinha” funcionará muito bem! Portanto, relaxe, exercite-se, respire profundamente e se solte o máximo que conseguir… Logo, orgasmos maravilhosos acontecerão.
(*)com informação do Jornal Extra