O presidente Jair Bolsonaro que, na próxima quarta-feira (10), completa 100 dias de mandato, se convenceu sobre a importância de conversar com os líderes de bancadas e dirigentes partidários. Bolsonaro resistiu, nos primeiros três meses de governo, a se reunir com representantes dos partidos para manter o discurso de que, em seu governo, a chamada ‘velha política‘ não teria espaços.

A expressão velha política é o conceito criado pelo presidente Bolsonaro para classificar o que chama de barganha ou o toma lá, dá cá na relação com o Congresso Nacional. Ou seja, se os parlamentares tiverem emendas com recursos da União liberadas para as bases eleitorais e forem contemplados com cargos na administração federal, os projetos do Palácio do Planalto, como a reforma previdenciária, andariam mais rápido na Câmara e no Senado.

A queda de braços, com farpas entre integrantes do Governo e a cúpula da Câmara Federal, atrasou o andamento da reforma previdenciária. Os deputados federais reclamavam da falta de diálogo e, como resposta, Bolsonaro não economizava palavras para dizer que não cederia a pressões, nem ao jogo de barganha.

A realidade, porém, é outra e, nesta quinta-feira (4), Bolsonaro sentou, pela primeira vez, em três meses, com representantes dos partidos. A agenda da manhã tinha reuniões programadas com os presidentes do  PRB (deputado federal Marcos Pereira), do PSD (Gilberto Kassab), do  PSDB (Ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin), e do PP (senador Ciro Nogueira).

À tarde, Bolsonaro tem encontros programados com o presidente do DEM e prefeito de Salvador, ACM Neto, e, em seguida, com o presidente do MDB, o ex-senador Romero Jucá. Após as reuniões com o presidente Bolsonaro, os dirigentes dos partidos transmitirão aos senadores e deputados federais o teor das conversas e a relação entre o Palácio do Planalto e o Congresso Nacional.