Após a apresentação do relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) na Comissão Especial que discute a reforma da Previdência, cresceu a fatia de deputados que concorda em partes com a medida, mas que acredita que são necessárias algumas alterações.
O porcentual aumentou de 42% em abril, considerando a proposta original do governo, para 56%, com o texto de Moreira. A pesquisa for realizada pela XP Investimentos por meio de entrevistas com 236 deputados federais, de 18 a 26 de junho.
O porcentual daqueles que concordam plenamente subiu de 7% para 10%, enquanto a parcela daqueles que concordam em partes, mas que acham que precisa de muitas alterações caiu de 23% para 14%. Já a proporção dos deputados que discorda totalmente recuou de 25% para 15%.
No grupo de parlamentares que não são classificados como oposição, cresceu de 56% para 73% a parcela que concorda em parte com o texto, mas acredita que precisa de algumas mudanças.
Entre os pontos que os parlamentares avaliam que devem ser flexibilizados, o que tem maior porcentual favorável a mudanças é a regra para professores (57%), seguido de regras de transição para o regime geral e de regras para agentes de segurança, com o mesmo porcentual, de 53%, e depois pela regra de transição para servidores (50%).
Entre os deputados que não podem ser classificados como oposição, 50% defende a flexibilização para professores e outros 47% para agentes de segurança.
Relação com o Planalto
Segundo a pesquisa, de abril para junho, a percepção dos deputados sobre a relação com a Presidência da República melhorou.
O porcentual de representantes da Câmara que considera a relação com o governo boa ou ótima cresceu de 34% em abril para 49% em junho. A avaliação de que o relacionamento é péssimo ou ruim passou de 30% para 27%.
Quando considerados os deputados que não podem ser classificados como oposição, a avaliação de ótima ou boa avançou de 48% em abril para 68% em junho.
Os deputados também têm uma percepção melhor sobre a relação da Câmara com o governo, com a classificação de ótima ou boa crescendo de 16% para 28%. Caiu também de 55% para 33% a avaliação de que essa relação estaria ruim ou péssima.