Os casos de coronavírus no Brasil devem continuar crescendo, de acordo com uma pesquisa realizada pela Casa Branca para monitorar números sobre a doença. O estudo aponta que o cenário no Brasil deve piorar e agora projeta mais de 125 mil mortes no país até agosto. O Ceará já passa de 37 mil casos e registra 2.603 mortes pela doença.
Segundo o estudo, mais de 15 mil mortes são estimadas até agosto no Ceará. A previsão é do Instituto para Métricas de Saúde e Avaliação (IHME, na sigla em inglês), ligado à Universidade de Washington, nos Estados Unidos.
Os municípios cearenses ainda cumprem um decreto estadual que determina um isolamento mais rígido entre a população. De acordo com a determinação, está proibido o deslocamento de veículos e pessoas sem justificativa, além do uso obrigatório de máscara e instalação de barreiras sanitárias para fiscalizar o fluxo de carros nas entradas e saídas da cidade.
O Governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, já prorrogou pela quinta vez o prazo do decreto desde o início da pandemia no estado, em março.
Sobre o estudo
No meio de maio, a previsão era de que 88.305 pessoas morressem por Covid-19 até 4 de agosto no país. Mas após o crescimento de casos e mortes em território brasileiro nas últimas semanas, e o país ter passado a ser o epicentro da pandemia, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o instituto americano também atualizou os números para pior.
As projeções mostram que o pico de mortes diárias no Brasil deve acontecer em 13 de julho, com 1.526 óbitos em 24 horas. Antes, o pico era em 1 de julho, com 1.024 mortes em apenas um dia.
A expectativa é que partir de agosto, a curva de mortes diárias comece a descer, mas ainda na faixa de quase 1,4 mil a cada 24 horas naquele mês.
O instituto fez projeções por estados brasileiros até o dia 4 de agosto. Veja abaixo:
São Paulo: 32.043 (projeção anterior era de 36.811)
Rio de Janeiro: 25.755 (projeção anterior era de 21.073)
Pernambuco: 13.946 (projeção anterior era de 9.401)
Ceará: 15.154 (projeção anterior era de 8.679)
Maranhão: 3.625 (projeção anterior era de 4.613)
Bahia: 5.848 (projeção anterior era de 2.443)
Amazonas: 3.194 (projeção anterior era de 5,039)
Paraná: 626 (projeção anterior era de 245)
Pará: 13.524 (sem projeção anterior)
Espirito Santo: 2.853 (sem projeção anterior)
Minas Gerais: 2.371 (sem projeção anterior)
Alagoas: 1.788 (sem projeção anterior)
Rio Grande do Sul: 1.165 (sem projeção anterior)
Paraíba: 1.142 (sem projeção anterior)
Goiás: 893 (sem projeção anterior)
Amapá: 529 (sem projeção anterior)
Rio Grande do Norte: 492 (sem projeção anterior)
Santa Catarina: 464 (sem projeção anterior)
Acre: 422 (sem projeção anterior)
Murray afirma que a previsão do IHME captura efeitos das regras de distanciamento social, tendências de mobilidade e capacidade de testes. As projeções mudam de acordo com alterações nessas políticas.