O projeto de extensão intitulado “Pesquisa de preços dos produtos que compõem a cesta básica na Região Metropolitana do Cariri” objetiva mensurar o índice de custo de vida e o valor da cesta básica na RMC, bem como a integração espacial de preço dos produtos entre os municípios que a compõem, testando as consequências da inflação.
De acordo com o estudo, em maio, o custo da cesta básica no Cariri foi de R$ 342,06, sendo menor do que o verificado em Fortaleza (R$ 404,50). Barbalha foi a cidade com o maior custo, registrando o valor de R$ 363,38 e a cidade com o menor custo da cesta foi Caririaçu (R$ 320,05). Isso representa, de modo geral, um aumento no custo do conjunto de alimentos básicos em quatro cidades e diminuiu em outras duas na Região, conforme o resultado da pesquisa. A elevação mais significativa foi verificada em Nova Olinda (10,33%) e a redução mais expressiva em Caririaçu (-4,39%).
O professor Marcos Brito explica que, no cálculo, são pesquisados 12 produtos de alimentação: carne, feijão, leite, arroz, farinha, batata, legumes (tomate), pão francês, café em pó, frutas (banana), açúcar, banha (óleo) e manteiga. A análise ainda inclui o gasto mensal que um trabalhador teria para comprá-los, as horas de trabalho necessárias ao indivíduo que ganha salário mínimo para adquirir estes bens e o salário mínimo necessário calculado com base no custo mensal com alimentação obtido na pesquisa.
A realização do trabalho tem por base o Decreto Lei nº 399. Em 30 de abril de 1938, foi regulamentada a Lei n° 185 de 14 de Janeiro de 1936 pelo Decreto Lei nº 399. Este estabelece que o salário mínimo e a remuneração devida ao trabalhador adulto, sem distinção de sexo, por dia normal de serviço, capaz de satisfazer, em determinada época e região do país, às suas necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte. A pesquisa da Cesta Básica Nacional (Ração Essencial Mínima), atualmente é realizada pelo Dieese em dezoito capitais do Brasil.