Uma nova pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada, nesta quinta-feira, mostra que, se o primeiro turno da eleição fosse hoje, o presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva receberia 47% dos votos, ficando, em segundo lugar, o presidente Bolsonaro, com 32%. Em terceiro lugar, aparece Ciro Gomes (PDT), com 7%, enquanto Simone Tebet (MDB) fica com 2% das intenções de votos e Vera Lúcia (PSTU) com 1%. Entre os entrevistados, conforme a pesquisa, 75% dizem que não mudarão o voto.

Os números da pesquisa revelam que, se comparado com o levantamento anterior, Bolsonaro cresceu três pontos. O petista se manteve estável com os mesmos 47%. O cenário atual, com base na pesquisa do Datafolha, deixa o petista com 51% dos votos válidos, o que o levaria a ganhar a eleição no primeiro turno.

A 45 dias da eleição, qualquer projeção sobre vitória no primeiro turno – para um ou outro presidenciável, se torna subjetiva uma vez que o surgimento de fatos políticos mudará o sentimento dos eleitores. A estabilidade e, ao mesmo tempo, o crescimento de Bolsonaro dá uma sinalização de que as medidas sociais adotadas pelo Governo Federal começam a se refletir na agenda eleitoral.

O pacote de medidas sociais inclui o aumento para R$ 600 do Auxílio, a ajuda aos taxistas e aos caminhoneiros. Os benefícios valem até o mês de dezembro. Os aliados querem que o Governo Federal anuncie que esses benefícios sejam mantidos em 2023, o que daria ainda mais popularidade ao presidente Bolsonaro e neutralizaria, também, o discurso da oposição que classifica essas ações de eleitoreiras.

MENOS DE 1%

Os dados da pesquisa mostram, ainda, que os candidatos Felipe d’Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP), Eymael (Democracia Cristã), Soraya Thronicke (UB) e Roberto Jefferson (PTB) não chegara a somar pontos. De acordo com o Datafolha, a pesquisa foi realizada entre terça (16/8) e hoje (18/8), ouviu 5.744 pessoas, acima de 16 anos, em 281 municípios.

A pesquisa, com registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o nº BR-09404/2022, apresenta uma margem de erro de dois pontos percentuais, para mais ou menos, com nível de confiança de 95%. Os dados apresentados ao TSE mostram que a pesquisa, contratada pela empresa Folha da Manhã S/A, que edita o jornal Folha de S.Paulo, e pelo grupo Globo, custou de R$ 473.780.