Pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, desenvolveram um sensor eletroquímico adesivo capaz de detectar níveis específicos de glicose no suor por até três semanas. Ao mesmo tempo, o dispositivo monitora a temperatura corporal.
Com aproximadamente o dobro da largura de um selo postal, a tecnologia é constituída por eletrodos de grafeno e nanopartículas de prata e ouro modificados a laser. Segundo os pesquisadores, esse tratamento permitiu criar uma rede tridimensional estável entre o grafeno e os metais, que são altamente condutores e resistentes. Também prolonga a vida útil da solução tecnológica.
O sensor mede a glicose com base nas variações do pH do suor e a temperatura corporal enquanto uma pessoa pratica atividades físicas ou se alimenta. Quando fixado na pele, pode comunicar, sem fio, os dados coletados a um computador ou a um dispositivo móvel, para que seja feita a análise das informações em tempo real.
“Os baixos níveis de concentração de biomarcadores no suor e a variabilidade de outros fatores, como pH, salinidade e temperatura, levaram os biossensores de suor anteriores aos limites de sua detecção e precisão. Esse dispositivo é capaz de levar em conta essa variabilidade enquanto mede a glicose com a especificidade necessária durante semanas a fio”, explica, em nota, Huanyu Cheng, investigador principal do estudo, publicado, recentemente, na revista Advanced Functional Materials.
Durante os testes de três semanas, o sensor tratado a laser perdeu apenas 9% de sua sensibilidade, em comparação com a perda de sensibilidade de 20% dos aparelhos sem a intervenção. “É uma plataforma de baixo custo que oferece análises convenientes, precisas e contínuas do suor em diversas condições, o que tem grande potencial para a saúde individual e populacional, a medicina personalizada e a nutrição de precisão”, destaca Cheng.
(*)com informação do CB