O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (MDB), passou a primeira noite na cadeia após ser preso pela Polícia Federal na operação Boca de Lobo, desdobramento da Lava Jato no Rio que investiga a quadrilha que roubou os cofres do estado. Pezão jantou na sua primeira noite, acordou cedo e tomou café na manhã desta sexta-feira, seguindo a rotina militar do Batalhão Especial Prisional, em Niterói. A família só poderá visitá-lo após 40 dias.
Nesta quinta-feira à noite, ele recebeu uma quentinha com arroz, feijão, macarrão, salada e uma proteína não revelada (carne ou peixe). Na manhã desta sexta, no desjejum foi servido pão com manteira, acompanhado de um café com leite.
Pezão está em uma sala do Estado Maior sem grades e com apenas uma porta. Contrastando com o luxo do Palácio Laranjeiras, no local existem somente uma cama e um vaso sanitário. Na ala onde o político ficará existem várias câmeras de segurança e outros preso em outras salas. Em quarentena, o governador só poderá receber visitas dos advogados.
Em relação às refeições, Luiz Fernando Pezão irá almoçar e jantar no “rancho”, o refeitório do presídio militar. O cardápio será o mesmo que qualquer preso come e oferecido pela Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
A rotina no presídio também inclui direito a banho de sol e a atividades físicas durante as manhãs. Além disso, o emedebista terá que participar obrigatoriamente do hasteamento das bandeiras e ficar em forma durante as apresentações militares. O político também terá que ajudar nos trabalhos do presídio, como contribuir com a manutenção de uma horta que existe no local.
Em depoimento, respondeu ‘todas as perguntas’, diz defesa
De acordo com os advogados de Luiz Fernando Pezão, o governador preso respondeu todas as perguntas feitas pelos investigadores e negou “veementemente todas as acusações”. A partir de agora, os defensores do emedebista pegarão todos os processos para estudarem um pedido de habeas corpus.
Substituiu Cabral no esquema criminoso, diz MPF
O governador Luiz Fernando Pezão, preso na manhã desta quinta-feira pela Polícia Federal (PF) na operação “Boca de Lobo”, desdobramento das ações da Lava Jato no Rio, recebeu mais de R$ 25 milhões em propina entre os anos de 2007 e 2014, período em que foi secretário de Obras e vice-governador de Sérgio Cabral, segundo as investigações. E mais: a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, destacou na petição em que pediu a prisão do governador do Rio e mais oito pessoas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que ele substituiu Cabral no esquema criminoso e tinha operadores financeiros próprios.
Com informação do Jornal O Dia