Os agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal aprofundam as investigações sobre uma empresa que, sem funcionário e que tem como sócio um beneficiário do Auxílio Emergencial, recebeu R$ 11,7 milhões da Prefeitura de Itaiçaba na venda de material paradidático.

As investigações ganharam corpo com a Operação Caixa de Ilusões, realizada, nessa quarta-feira (6), que cumpriu mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Maracanaú, Crateús e Guaraciaba do Norte. A operação teve por base os indícios de fraude em licitação e desvio de dinheiro no município de Itaiçaba.


De acordo com a Polícia Federal, os investigados poderão responder pelo cometimento, em tese, de crimes de corrupção ativa e passiva, peculato e desvio. Segundo, ainda, a PF, as irregularidades dizem respeito à aquisição de baús contendo livros didáticos para o município de Itaiçaba no ano de 2023. A investigação começou no mês de outubro do ano passado de um contrato de R$ 1 milhão com uma empresa sem funcionários e aparentemente sem capacidade logística e operacional.

A Polícia Federal, por meio de nota, destaca que a empresa investigada iniciou as atividades em 2021 e não tem sequer funcionário registrado , e, até março de 2023, recebeu o montante de R$ 11.744.861,00.

A investigação aponta que o proprietário da companhia ainda foi beneficiário de auxílio emergencial no ano de 2020. A origem do dinheiro é o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).