A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (18) nova operação contra fraudes de pagamento do auxílio emergencial, benefício pago pelo governo federal em meio à pandemia do novo coronavírus. Chamada de Operação Terceira Parcela, cumpriu mandados em quatro estados: Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Paraíba.
Quando foi pago a mais de 2 milhões de cearenses, o benefício se transformou em alvo de investigação pelo Ministério Público Estadual porque servidores públicos estaduais e municipais, mesmo com vinculo empregatício receberam, de forma indevida, o dinheiro que era destinado a trabalhadores desempregados ou a quem estivesse sem renda informal.
Servidores públicos federais, também, estavam entre beneficiários do auxílio emergencial. Todos foram chamados a devolver o dinheiro, assim como segurados da previdência social.
O objetivo é, segundo a PF, “desestruturar ações que causam prejuízo ao programa assistencial e, por consequência, atingem a parcela da população que necessita desses valores”. A ação foi feita em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), Ministério da Cidadania, Caixa Econômica Federal (CEF), Receita Federal, Controladoria-Geral da União (CGU e Tribunal de Contas da União (TCU).
Os órgão integram a Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), cujo objetivo é identificar fraudes e desarticular organizações criminosas voltadas ao cometimento deste tipo de delito. Esta é a primeira etapa da investigação, na qual, segundo a PF, “são alvos os beneficiários de pagamento de contas com valores obtidos com o desvio de auxílios emergenciais”.
Aproximadamente 200 policiais federais atuaram em Minas Gerais, sendo que 66 mandados de busca e apreensão foram cumpridos na capital e em outras 38 cidades.