O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará fechou com crescimento de 1,96% no primeiro trimestre de 2022 em relação a igual período do ano passado. O resultado ficou acima do PIB do Brasil, cujo índice atingiu 1,7%. Comparando o desempenho do PIB cearense do primeiro trimestre ao quarto trimestre de 2021, o resultado foi de 0,16%, enquanto o nacional fechou em 1,0%. Já o acumulado nos últimos quatro trimestres totalizou 6,16% no Ceará, contra 4,7% do brasileiro. Os números estão no trabalho “PIB Trimestral do Ceará – 1º Trimestre de 2022, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.
Dentre os três segmentos do PIB cearense, o melhor desempenho ficou com o setor de Serviços, com 4,45%, isso no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021, desempenho bem acima do nacional, que apresentou elevação de 2,9%. O setor Agropecuária fechou em queda de -0,95% e a indústria também em -8,64%. A taxa do PIB brasileiro para a Agropecuária apresentou involução de -8,0% e a Indústria em -1,5%. Já na comparação do primeiro trimestre deste ano com o quarto trimestre do ano passado, os resultados do PIB estadual foram: 1,27% para Serviços; -3,99% para a Indústria e -4,25% para a Agropecuária.
A previsão do Ipece (a segunda do ano) para o crescimento da economia cearense no ano de 2022 está em 1,57%, taxa superior a da primeira estimativa do ano (março), que foi de 1,25%, igual índice da previsão inicial de dezembro (1,25%). A estimativa de crescimento do PIB cearense para 2022 se mantém acima do projetado para economia brasileira, cuja taxa é de 1,2%, maior do que a de 0,5% em março de 2022, de acordo com o analista de Políticas Públicas Nicolino Trompieri Neto, coordenador do PIB.
No segmento Serviços, que apresentou crescimento de 4,45% no primeiro trimestre de 2022, dos seis setores/atividades, o de Alojamento e Alimentação registrou o melhor desempenho, com 12,56%, seguido pelo Transportes, com 11,22%; Comércio, com 9,58%; Outros Serviços, com 8,90%; Intermediação Financeira, com 1,54%, e Administração Pública, com 1,47%. Já das quatro atividades do Setor Industrial, apenas a Construção Civil registrou crescimento, com 15,40%, enquanto Eletricidade, Gás e Água fechou com -22,32%; Transformação, com -14,08%, e Extrativa Mineral, com -3,80%.
Nicolino Trompieri explica que, com a forte redução das restrições sanitárias, a partir do avanço da cobertura vacinal, as atividades econômicas relacionadas com a circulação de pessoas, como alojamento e alimentação, transportes e comércio, registraram as maiores expansões no primeiro trimestre de 2022, favorecendo o setor de serviços do Ceará, no qual foi o destaque positivo para o primeiro trimestre de 2022. Os números da economia cearense foram apresentados por Nicolino Trompieri e pelos também analistas de Políticas Públicas Witalo Paiva e Alexsandre Lira e pelos assessores técnicos Cristina Lima e José Freire Júnior, todos da Diretoria e Estudos Econômicos (Diec) do Ipece.
Índice
O PIB é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o cálculo de sua economia trimestralmente: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços, e desagregados por suas atividades econômicas. É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.
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(*) Com informações do Ipece