No último trimestre de 2021 (outubro, novembro e dezembro), o Ceará registrou um PIB (Produto Interno Bruto) – que é a soma de todas riquezas produzidas pelo Estado/País – 2 pontos percentuais acima do registrado a nível nacional no mesmo período. O Estado terminou o ano ´passado com 6,63% em contrapartida aos 4,6% nacionais. É o que revelam os dados do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE), divulgados nesta terça-feira (22). A previsão do PIB estadual para 2022 é de 1,25%, superior ao projetado para o Brasil, de 0,5%.
O PIB cearense, no quarto trimestre de 2021, chegou aos 3,44% em relação a igual período de 2020, superando o índice brasileiro, de 1,65% na mesma comparação. Já com relação ao terceiro trimestre de 2021, o desempenho estadual apresentou ligeiro declínio, de -0,03%, enquanto a do Brasil atingiu 0,5%.
Dentre os três segmentos do PIB, a Indústria foi a que apresentou
melhor desempenho no ano passado, com 13,35%, contra 4,5% do
nacional; seguida por Serviços, com 5,96% e nacional com 4,7%, e
Agropecuária, com -4,71% e -0,2% do Brasil.
Mas, as boas notícias relacionadas ao PIB estão, inclusive, para as previsões de fechamento do índice este ano. Os analistas de políticas públicas do Ipece esperam crescimento de 1,25% para a economia cearense em 2022, número que, se confirmado, é maior que o previsto para o Brasil, de 0,5% (Boletim Focus do Banco Central do último dia 11). A taxa prevista para este ano (realizada no início de março) é a mesma da previsão inicial divulgada para o Ceará em dezembro de 2021 (1,25%). A próxima será conhecida quando da divulgação do índice do PIB relativo ao primeiro trimestre de 2022.
Das quatro atividades do setor Industrial (13,35% em 2021), o melhor desempenho ficou como segmento de Eletricidade, Gás e Água, com 29,32%, seguido pela Construção Civil, com 15,06%; transformação, com 6,60%, enquanto a Extrativa Mineral caiu -21,08%.
Já no segmento Serviços, que apresentou crescimento de 5,96% em 2021, dos seis setores/atividades, o de Transporte registrou maior índice, com 10,80%, seguido por Comércio, com 8,59%; Intermediação financeira, com 6,73%; Administração Pública com 5,30%; Outros Serviços, com -0,25%, e Alojamento e alimentação, com -5%. Os números da economia cearense foram apresentados pelo analista de Políticas Públicas do Ipece Nicolino Trompieri Neto, que coordenou a equipe que elaborou o PIB, formada pelos também analistas Witalo Paiva e Alexsandre Lira e os assessores técnicos Cristina Lima e José
Freire Júnior, todos da Diretoria e Estudos Econômicos (Diec) do
Ipece.
ÍNDICE
O PIB é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o cálculo de sua economia trimestralmente: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços, e desagregados por suas atividades econômicas. É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.