A população cearense em idade de trabalhar estimada no 2º trimestre de 2021 era de 7,6 milhões de pessoas, desses estima-se que 3,2 milhões estavam ocupados. No mesmo período, a taxa de desocupação do Estado foi de 15,0%, ficando estatisticamente estável em relação ao trimestre de janeiro a março, e aumento de 2,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2020.

No Nordeste, o Ceará tem a segunda menor taxa de desocupação no 2º trimestre desse ano, maior apenas que o Piauí (14,9%). A taxa de desocupação cearense ficou acima da taxa nacional, de 14,1%.

O nível de ocupação no Estado cresceu 1,6 p.p., ao passar de 40,4% no 1º trimestre de 2021 para 42,1% no 2º trimestre.

A população desocupada foi estimada em 563 mil pessoas, número que cresceu em 132 mil pessoas (30,6%) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Taxa de desocupação (%) das pessoas de 14 anos ou mais de idade, por Unidades da federação – 2º trimestre de 2021

O percentual de empregados do setor privado com carteira assinada era de 58,3%. Para os trabalhadores domésticos, esse percentual era de 13,1%. O menor percentual registrado no País foi no Maranhão (49,2%) e o Ceará está entre os dez com menores percentuais. Na outra ponta, Santa Catarina registrou o maior percentual, de 90,0%.

Dentro da população ocupada, 32,2% estavam trabalhando por conta própria. O Ceará está entre os dez com os maiores percentuais de pessoas trabalhando dessa forma, sendo o maior percentual no Amapá (37,7%).

Percentual de pessoas de 14 anos ou mais de idade, ocupada na semana de referência como conta própria, por Unidade da federação (%) – 2º trimestre 2021

 A taxa de informalidade para o Ceará foi de 53,9% da população ocupada. Para o cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são consideradas as seguintes populações: Empregado no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ; Trabalhador familiar auxiliar. Essa foi a sexta maior taxa de informalidade do País, sendo a maior registrada no Pará (60,5%) e a menor em Santa Catarina (26,9%).

No Ceará, o rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 1.682, sendo considerado estatisticamente estável no comparativo ao trimestre anterior e apontou queda  de -14,1% em relação ao mesmo período de 2020.

A massa de rendimento real habitual de todos os trabalhos das pessoas ocupadas foi de R$ 5,2 bilhões, sem variações estatisticamente significativas na comparação com o 1º trimestre de 2021 e o mesmo trimestre de 2020.

Grupo alojamento e alimentação cresce em número de pessoas ocupadas
Dos 10 grupos de atividades observados pela pesquisa, o que apresentou maior crescimento, no comparativo ao trimestre anterior, foi o grupo alojamento e alimentação, com variação de 48,9%.

Já no comparativo com o mesmo trimestre de 2020, foi registrada queda no número de pessoas ocupadas no grupo Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-16,4%).

A taxa subutilização é de 38,6% no Estado
No 2° trimestre de 2021, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 38,6%. Essa taxa é estatisticamente estável em relação ao 1º trimestre deste ano e 2,7 p.p. maior que o mesmo trimestre de 2020.

O número de desalentados no 2° trimestre de 2021 foi de 441 mil pessoas. O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada), para esse mesmo período, foi de 10,5%, não apresentando variação estatisticamente significativa na comparação com o trimestre anterior e em relação ao mesmo trimestre de 2020.

(*)com informação do IBGE