O ministro da Justiça do próximo governo, Sergio Moro, afirmou nesta quarta-feira (5) que o destino da Funai (Fundação Nacional do Índio) ainda está indefinido, mas que “pode ser até que fique” em sua pasta.
A manifestação é mais um capítulo da novela do futuro do órgão.
Na terça, Bolsonaro disse que a fundação vai “para algum lugar” e que “achava” que não seria para a Agricultura.
A proposta de mudança começou a ser discutida no governo de transição e tem gerado apreensão entre servidores, indigenistas, antropólogos e indígenas.
A Funai está vinculada à Justiça há mais de 30 anos.
“Ainda está indefinido. Pode até ser que fique no MJ”, afirmou Moro. O ex-juiz federal não quis dar sua opinião sobre o assunto.
Na terça, Bolsonaro havia dito que a Funai poderia ir “para Ação Social [ministério da Cidadania]”.
O maior receio das pessoas ligadas à fundação era de que o órgão fosse transferido para alguma pasta controlada pelo agronegócio.
A apreensão também se dá pelas declarações do presidente eleito.
No fim de semana, Bolsonaro voltou a reclamar da atual política indigenista e afirmou que vai “proporcionar meios para os índios” se “integrarem à sociedade”.
Ele criticou a Funai e disse que o órgão indigenista impede que o índio tenha “um tratamento adequado”.
“O índio quer médico, quer dentista, quer televisão, quer internet. Vamos proporcionar meios para que o índio seja igual a nós”, disse Bolsonaro.
Moro disse que anuncia nesta quinta os últimos nomes de sua equipe no ministério.
Com Informações Notícias ao Minuto