A Polícia Federal afirma que a dupla de pastores que atuava dentro do Ministério da Educação (MEC) durante a gestão do ex-ministro Milton Ribeiro, usou contas de parentes para receber propina decorrente de negócios na pasta. As informações são da CNN Brasil.

A afrimação consta da decisão que autorizou a prisão do ex-ministro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Ribeiro. Ambos foram presos nessa quarta-feira (22), mas tiveram sua liberdade decretada nesta quinta-feira (23), pelo desembargador Ney Belo, da Justiça Federal.

Segundo a PF, foi montado um sofisticado esquema que a entidade classifica como “organização criminosa” dentro do MEC.A Polícia também constatou que a esposa do ex-ministro Milton Ribeiro recebeu ou cedeu valores a parentes da dupla de pastores.

A investigação aponta ainda que um aliado da dupla investigada foi nomeado para cargo dentro da pasta e que esse indicado chegou a viajar com os pastores e a participar de eventos com eles.

No texto da decisão do juiz Renato Borelli, ele aponta achados também da Constroladoria-Geral da União, que subsidiaram a investigação.

Além da prisão de três dos envolvidos, já revogada, o juiz determinou a quebra dos sigilos dos citados no caso, como foi pedido pela PF.

Também partiu da PF o pedido de prisão, sob o argumento de que os investigados poderiam obstruir a investigação e destruir provas.

O MPF foi favorável à quebra de sigilo, mas sugeriu medidas cautelares, como proibição de comunicação entre os citados, como alternativa à prisão preventiva, o que o juiz negou.

A defesa do ex-ministro Milton Ribeiro só teve acesso à decisão nesta quinta. Ela classificou a prisão do ex-ministro como ilegal e extemporânea, argumento acatado pelo desembargador do TRF-1