Com a apresentação de um novo requerimento à CPI na segunda-feira (21), o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), adiou para esta quarta-feira (23) a apreciação dos quase 60 itens que compõem a pauta. O requerimento recém-apresentado pede a convocação de um representante da empresa Twitter.

Anteriormente já haviam sido protocolados os requerimentos de convocação de representantes das plataformas Facebook e Google, que gerencia o YouTube.

Vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é autor dos pedidos de convocação. Segundo o senador, a disseminação dessas notícias gera consequências reais e dificulta sobremaneira o combate à pandemia.

Nesse rol estariam publicações “que questionam a própria existência do vírus, sua origem; disseminam tratamentos ineficazes; e, inclusive, questionam a eficácia e levantam suspeitas sobre as vacinas”.

“Estamos vendo o movimento de interrupção de exclusão de conteúdos falsos ou desinformativos pelas plataformas da empresa, de modo que é essencial que representante da empresa Twitter, que gerencia uma série de plataformas de compartilhamento de conteúdo, compareça a esta comissão para esclarecer os motivos para a mudança de comportamento”, expôs Randolfe.

Em outro requerimento, este de informação, o senador também solicita à empresa dados sobre a exclusão de contas que disseminavam informações falsas sobre o enfrentamento ao coronavírus.

Governadores

Com a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, nesta segunda-feira (21), de suspender as convocações de governadores aprovadas pela CPI da Pandemia, pode vir a ficar prejudicado o requerimento para oitiva do governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro.

Após o depoimento do ex-governador do estado, Wilson Witzel, Castro está sendo chamado para falar sobre o suposto desvio de dinheiro público na instalação de hospitais de campanha para tratamento da covid-19. A convocação do atual governador fluminense foi sugerida pelos senadores Alessandro e Randolfe.

A ministra do STF considera que os governadores podem ser investigados pelas respectivas assembleias legislativas e tribunais de contas, mas não por Congresso Nacional, Câmara ou Senado. No caso de uso de recursos federais, caberia ao Tribunal de Contas da União (TCU) essa investigação, segundo Rosa.

“É bem provável que nós não venhamos a convocá-lo. É uma possibilidade [transformar em convite], mas a julgar pela conversa de ontem, acho que essa ideia de trazer governadores ficou muito fragilizada. Vamos conversar sobre a possibilidade de trazer os ordenadores de despesa e talvez os secretários de Saúde”, disse Humberto Costa (PT-PE).

Fonte: Agência Senado