A ideia lançada por empresários para a criação de um polo industrial químico no município de Guaiúba ganhou forma e na segunda-feira o Governo do Estado entregou a primeira etapa do condomínio industrial, que vai receber 27 empresas. Os empresários negociaram a terraplanagem e arruamento do terreno de 42,25 hectares, dando condições de funcionamento do complexo industrial. O Governo investiu cerca de R$ 10 milhões em obras estruturais, como a construção de rodovias, pavimentação, drenagem e fornecimento de energia elétrica para aglutinar as indústrias químicas em um só local, possibilitando o compartilhamento logístico. Assim, o Polo Químico está pronto para contemplar empresas de embalagens plásticas, maquiagem, cosméticos capilares e corporais, tintas e verniz, produtos de beleza, dentre outros. Como as empresas irão dividir custos de atividades, como logística, segurança, zeladoria, capacitações, gestões, a expectativa e que o condomínio industrial gere uma economia de cerca de 50% nos custos dessas indústrias. Além das 27 indústrias, o polo deverá atrair outras empresas da cadeia produtiva, aumentando o número de empregos diretos gerados. A expectativa é que o empreendimento movimente R$ 3 milhões mensais na economia do município de Guaiuba e incremento de até três vezes a arrecadação da Prefeitura. Nada mal para um setor que aposta na expansão de seus efeitos na balança comercial do Estado.
Central de Compras
As empresas que integram o polo químico já estão montando uma central de compras por meio de uma cooperativa, com logística compartilhada com o objetivo de reduzir custos de serviços e de matérias primas. Será uma cooperativa nos moldes da Coopercon, a Cooperativa da Construção Civil do Ceará.
Tecnologia aplicada
Há também uma mobilização para que o polo químico fomente um centro de tecnologia aplicada, com cursos técnicos, profissionalizantes e superiores, com apoio da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), Instituto Federal do Ceará (IFCE) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
Gestão
A iniciativa para a implantação do condomínio industrial partiu do Sindicato das Indústrias Químicas, Farmacêuticas e da Destilação e Refinação de Petróleo no Estado do Ceará (Sindquímica) e conta com o apoio da Adece, após a instauração da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Indústria Química do Estado do Ceará (CS Química). O Sindquímica ficará responsável pela gestão do Condomínio.
Empresas
As primeiras empresas a se instalar no complexo devem ser a Fortfix, Wanaquímica, Daneto, Tá Limpo, Incraplast e a Oswaldo Cruz Química. Além de outras 14 que já confirmaram participação no complexo.
Expansão
Nos últimos anos, o setor químico cearense vem mostrando um movimento de expansão, com a chegada de grandes investimentos. Em 2017, além do anúncio do Polo Químico, foi anunciada a vinda do grupo Raymundo da Fonte, controlador da Brilux, e a duplicação da Limpa Fácil. As duas empresas devem investir cerca de R$ 66 milhões, com a oferta de 420 empregos diretos e 1.500 indiretos.