A população que se declara de cor preta ou parda está cada vez mais presente nas instituições públicas do país e passou a representar, pela primeira vez, mais da metade dos estudantes de ensino superior da rede pública. De acordo com dados da pesquisa Desigualdades Sociais por Cor ou Raça Brasil, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 50,3% dos estudantes de ensino superior são negros ou pardos. Em 2018, 28,2% da população cearense era branca; 5,3%, preta; e 65,7%, parda.
No Ceará, entre 2016 e 2018, na população preta ou parda, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade passou de 16,6% para 14,6%, o que representa cerca de 764 mil pessoas, enquanto a de pessoas brancas era de 9,7%, em 2018. Além disso, a maior taxa de analfabetismo, na população preta e parda, está na faixa etária de 60 anos ou mais (41,1%).
Já em todo Brasil, a taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais passou de 9,8% em 2016 para 9,1% em 2018. A proporção com pelo menos o ensino médio completo cresceu 3%, considerando a população com 25 anos ou mais.
Sancionada em 2016, a Lei Federal de Cotas definiu que metade das matrículas nas universidades e institutos federais deveriam atender a critérios de cotas raciais e sociais em quatro anos.