Pesquisas recentes indicaram uma possível relação entre a perda de olfato e doenças mentais, podendo este sintoma estar relacionado ao aparecimento do Alzheimer e da demência, e até mesmo à depressão. Especialistas afirmam que quanto pior a capacidade de sentir cheiros, pior é a saúde mental da pessoa.
De acordo com um estudo de cientistas da Escola de Medicina John Hopkins, nos Estados Unidos, a perda do olfato pode ser um “indicador potente” de que alguém está com o distúrbio.
“Perder o sentido do olfato influencia muitos aspectos de nossa saúde e comportamento, como perceber alimentos estragados ou gás nocivo e desfrutar da comida. Agora podemos ver que também pode ser um indicador de vulnerabilidade de algo errado em sua saúde mental”, disse a professora Vidya Kamath que conduziu o estudo, segundo o jornal britânico The Mirror.
“O olfato é uma maneira importante de interagir com o mundo ao nosso redor, e este estudo mostra que pode ser um sinal de alerta para a depressão tardia”, afirmou a especialista.
Mais duas mil pessoas participaram da pesquisa, na qual foi identificada uma “pobre cognição” naqueles que tinham problemas quanto ao sentido do olfato.
“Vimos repetidamente que um fraco sentido do olfato pode ser um sinal de alerta precoce de doenças neurodegenerativas, como doença de Alzheimer e doença de Parkinson, bem como um risco de mortalidade. Este estudo destaca sua associação com sintomas depressivos”, destacou Kamath.
De acordo com o Ministério da Saúde, a incidência de depressão ao longo da vida está em torno de 15,5% no Brasil. A época mais comum do aparecimento da doença mental é dos 30 aos 40 anos, segundo a pasta. Porém, pode ser identificado em pessoas de qualquer idade.
(*)com informação do Extra