Uma pesquisa nos Estados Unidos decidiu analisar mais de perto o fenômeno das “bolas azuis”, a dor nos testículos que ocorre após a excitação sexual que não levou a um orgasmo, um assunto que até o momento não foi tema de muitos estudos acadêmicos e acaba sendo questionado por muitas pessoas se de fato existe.

Quando o pênis endurece durante a excitação, um volume considerável de sangue é bombeado para a região genital, os tecidos se expandem e impedem que o sangue saia dali, permitindo a ereção. Depois da ejaculação ou quando a excitação diminui, o sangue volta a circular normalmente. Mas quando não há ejaculação, nem diminuição da excitação, o sangue continua a fazer o efeito do enrijecimento do pênis, o que causa desconforto e dor. Daí vem o termo “bolas azuis”: da drenagem lenta do sangue dos órgãos genitais.

Mulheres também relataram sentir uma dor parecida na vulva, um fenômeno chamado “vulva azul”. Assim como nos testículos, há maior circulação de sangue na vulva quando há excitação, o que torna os órgãos genitais mais sensíveis e enrijece os tecidos.

A pesquisa entrevistou cerca de 2.600 pessoas, de ambos os sexos, e apontou que homens eram bem mais propensos a acreditar que “bolas azuis” era um fenômeno real e a relatar dor nos órgãos genitais, com 56% relatando essa experiência, ante 42% entre as mulheres.

Os participantes disseram sentir dores no abdômen, testículos, virilha, vagina e clitóris. O desconforto relatado pela maioria das pessoas era uma dor leve e esporádica, com apenas uma minoria descrevendo uma dor intensa e frequente.

De acordo com a pesquisa, a idade também se mostrou como um fator, com homens dizendo que tiveram “bolas azuis” com mais frequência quando eram mais novos. Apesar de doloroso, o fenômeno não tem evidências sugerindo que seja prejudicial.

(*)com informação do Jornal Extra