No extenso rol de 84 perguntas dirigidas a Michel Temer, a Polícia Federal questionou o presidente sobre as razões que o levaram a receber no Palácio do Jaburu, na noite de 7 de março, o empresário Joesley Batista, da JBS – a quem o próprio Temer, em declaração pública, classificou de ‘conhecido falastrão’.

Dias depois do estouro da Operação Patmos, em que veio a público o áudio da conversa que teve com Joesley, o presidente declarou publicamente que seu visitante no Jaburu ‘é um conhecido falastrão’. O presidente afirmou que o áudio foi ‘manipulado, adulterado’.

No questionamento ao presidente, a PF indaga ‘qual o motivo, então, para tê-lo (Joesley) recebido em sua residência, em horário não usual, em compromisso extraoficial e sem que o empresário tivesse sido devidamente cadastrado quando ingressou às instalações do Palácio’.

A Polícia Federal enviou 84 perguntas a Temer no inquérito da Operação Patmos, desdobramento da Lava Jato. Na semana passada, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para o presidente responder às indagações dos investigadores.

As perguntas foram entregues a um advogado do peemedebista às 16h30 desta segunda-feira, 5. O documento é assinado pelo delegado federal Thiago Machado Delabary.

O conteúdo do áudio da conversa de Joesley e Temer é peça chave do inquérito da Polícia Federal que põe o presidente sob suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro.

O empresário fez a gravação às escondidas – o presidente não sabia que sua visita no Jaburu estava munida de um gravador.

Com informações O Estado de São Paulo