O Palácio da Abolição identificou as articulações do prefeito do Eusébio, Acilon Gonçalves, para construir uma base partidária de olho na disputa ao Governo do Estado ou Senado Federal em 2022. Acilon vinha na tentativa de montar a segunda maior bancada partidária da Assembleia Legislativa, mas, com isso, os planos do prefeito, que controla o PR, começam a ser frustrados.
O apóstolo Luiz Henrique, do Patriota, não seguirá os caminhos de Acilon e decidiu aceitar o convite para se filiar ao PP, e assumir a liderança do partido na Assembleia Legislativa. As articulações para essa mudança de rumo passaram pelo Palácio da Abolição, que não viu com bons olhos a estratégia traçada pelo prefeito do Eusébio.
Acilon assumiu o controle do PR e estava levando para a sigla os três deputados estaduais eleitos pelo Patriota – além de Luiz Henrique, Nizo Costa e Bruno Gonçalves. Com essa movimentação, o PR, que elegeu a deputada estadual Dra. Silvana, ficaria com quatro integrantes – segunda maior bancada no Legislativo. Essa posição ficará com o PP. A maior bancada será a do PDT, com 14 deputados estaduais.
Sob o comando do deputado federal diplomando Antonio Albuquerque, filho do deputado estadual reeleito Zezinho Albuquerque, o PP começa a nova legislatura, a partir do dia primeiro de fevereiro, com cinco deputados estaduais – Fernando Hugo, Bruno Pedrosa e Leonardo Pinheiro (reeleitos), Luiz Henrique, que sai do Patriota, e o médico Lucilvio Girão, que assume a vaga com a ida de Zezinho Albuquerque (PDT) para a Secretaria de Cidades do Estado. Lucílvio é o primeiro suplente da coligação que tem PP e PDT.
“Estamos aguardando o sexto deputado, que espera a janela partidária para receber o abrigo do PP“, disse, na manhã desta quinta-feira, o deputado estadual reeleito Fernando Hugo, ao conversar com a reportagem do Ceará Agora. O sexto deputado é Nelinho de Freitas, eleito pelo PSDB, e filho do ex-prefeito de Russas, Raimundinho Cordeiro de Freitas.