Em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (9), o presidente nacional do partido político Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), e o presidente do Partido da República (PR), Alfredo Nascimento, declaram apoio à reforma, mas com mudanças na proposta enviada ao Congresso Nacional.

Solidariedade

O deputado Paulinho da Força (SP), presidente do Solidariedade, disse que o partido continua independente e que não vai fechar questão sobre a reforma da Previdência.

“Queremos discutir as ideias, a reforma da Previdência está ruim e precisa ser melhorada”, disse.

Paulinho apresentou durante a reunião uma série de sugestões de mudanças ao texto, como uma regra de idade mínima de 62 anos para homens e 59 anos para mulheres, e uma regra de transição igual para todos de 30% a mais do tempo que falta para trabalhar.

Outra sugestão apresentada pelo partido Solidariedade é que os estados sejam retirados da reforma. Se a proposta for aprovada no Congresso da forma como está, o texto englobaria as mesmas regras para trabalhadores dos setores público e privados nas 27 unidades da Federação e nos municípios. Caso a sugestão de Paulinho seja acatada, ficaria a cargo dos estados fazerem suas próprias atualizações previdenciárias. A ideia agradou Bolsonaro, mas o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que é algo que deve ser discutido na Câmara.

Partido da República

O presidente do PR, Alfredo Nascimento, disse que o partido também é favorável à reforma, mas aponta que são necessários alguns ajustes, como na aposentadoria dos professores e trabalhadores rurais e no BPC.

“Vamos discutir essas mudanças na proposta dentro do partido, vamos alterar algumas coisas, mas vamos votar com o governo, porque isso [a reforma] é bom para o país, nossa economia precisa disso”, ressaltou.

Alfredo Nascimento, disse que, assim como o Solidariedade, o PR é um partido independente e não vai fechar questão em torno da reforma apresentada pelo governo.

Outra pauta defendida pelo partido é a defesa da manutenção das regras previdenciárias dos professores no texto atual, em um posicionamento contrário à reforma entregue pelo governo. “Vamos discutir isso dentro do partido e alterar algumas coisas, mas vamos votar com o governo pois é bom para o Brasil. Nossa economia precisa disso e o partido vai estar junto nesta empreitada”, declarou Nascimento.