“Tá passando da hora dela (Polícia Civil) vir a público e dizer quais providências foram tomadas em relação aos mais de 70 homicídios na cidade, só esse ano. Mais do q o ano inteiro de 2016, q já foi elevadíssimo. Qtos homicídios foram elucidados? Qtos inquéritos foram concluídos? Qtas pessoas foram indiciadas? Quantos desses inquéritos foram encaminhados para o Ministério Público para a consequente denúncia? Todo mundo sabe q a impunidade é a mãe de tds os crimes. Qtas pessoas mais terão q ser assassinadas, inclusive crianças e adolescentes, para q aconteça alguma coisa? Pelo andar da carruagem, a PEFOCE, a quem o IML está vinculado, está indo no mesmo rumo. Demorar 8 horas para remover um corpo é demais!!”, postagem do prefeito de Sobral, Ivo Gomes, na rede social.

Useiro e vezeiro

Não é a primeira vez que Ivo Gomes ataca publicamente a segurança. Em julho, ele sentou a pua na Política Militar, especialmente no Batalhão Raio, o carro-chefe de Camilo Santana. Com certeza, a atitude do prefeito não é politicamente correta, sendo ele um Ferreira Gomes e tendo sido eleito com a ajuda de Camilo Santana. Agora, que ele está falando a verdade, ah isso está. Efetivamente, a segurança pública, não só em Sobral, mas em todo o Ceará, é só de fachada, discursos e medidas midiáticas, como foi no governo Cid Gomes, também.

Faroeste caboclo

Assembleia promete um bom duelo, na sessão plenária de hoje, entre o candidatíssimo secretário da Segurança Pública, André Costa, convidado especial, e o também combativo Capitão Wagner, que forma no front oposicionista a Camilo Santana. Costa foi convidado para falar sobre a situação da segurança pública no Ceará e as ações desenvolvidas com o objetivo de enfrentar o problema. A munição fornecida por Ivo Gomes, com certeza, será utilizada por Wagner.

 Grana preta

Estudo publicado pelo Observatório de Finanças Públicas do Ceará (Ofice), centro de pesquisas criado pela Fundação Sintaf, aponta que o Estado deixou de arrecadar, em 2016, no que se refere à cobrança do ICMS por substituição tributária equivalente à carga líquida, R$ 1,6 bilhão. Foi analisada a arrecadação dos maiores contribuintes de ICMS que recolhem o imposto por esse regime.

Dá para reverter

É possível reverter essa perda de arrecadação. Para tanto, é preciso que a administração fazendária faça a revisão anual das margens de valor agregado do ICMS cobrado por carga líquida, principalmente diante do atual quadro de crise econômica e ajuste fiscal.

Com Fronteiras

Eunício Oliveira (PMDB-CE), atendendo a Genecias Noronha (Solidariedade), assina nesta sexta-feira (22) a ordem de serviço para a construção da Barragem Lago de Fronteiras em Crateús. A obra, orçada em R$ 228 milhões, foi articulada pelo senador cearense e retira do papel um sonho de 28 anos da população. Ministro da Integração, Helder Barbalho, Genecias e Aderlânia Noronha, além de prefeitos da região, participarão do ato.

Água à vontade

Toda a população urbana e rural de Crateús e das cidades próximas será abastecidas pela obra. Serão atendidas mais de 74 mil pessoas, segundo o IBGE. A água também será utilizada para a irrigação de aproximadamente cinco mil hectares de produção agrícola dos perímetros irrigados da região. Eunício também autorizará o levantamento de dados e estudos para a construção do Açude do Barbosa, em Lavras da Mangabeira, uma reivindicação histórica dos moradores da região e está orçada em R$ 60 milhões.

Assino em baixo

Josias de Souza comentou a posse de Raquel Dodge: “Quem assistiu ficou com a impressão de que a banda podre da política está vencendo a guerra. A quantidade absurda de escândalos indica que o Brasil não é mais um país onde pipocam casos de corrupção. Virou um país, em si, corrupto. A nova procuradora-geral pregou a harmonia entre as instituições. Ótimo. Mas não se deve confundir as instituições com os investigados que as dirigem. A restauração da harmonia depende da punição de todos os que estão em desarmonia com a moralidade”.

Fala, general

Raul Jungmann (Defesa) pediu explicações ao comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, sobre a fala do general Antonio Hamilton Mourão. Em evento na sexta, Mourão, secretário de Economia e Finanças do Exército, disse que uma “intervenção militar” poderá ser adotada se o Judiciário “não solucionar o problema político”. Jungmann declarou, em nota, que foram discutidas “medidas cabíveis a serem tomadas” sobre a manifestação do general, mas não especificou quais.

Preço do rango

O preço da cesta básica em Fortaleza registrou deflação de 2,8% no mês de agosto frente a julho, passando a custar R$ 389,35. No entanto, todas as outras capitais nordestinas, com exceção de Maceió, tiveram quedas maiores, fazendo com que a capital cearense se mantenha na posição de ter a cesta básica mais cara da região. Os dados foram divulgados, ontem, a partir de estudo feito pelo Etene, órgão de pesquisas BNB.

Preço do rango 2

O valor é 17,8% maior do que o da cesta regional, equivalente a R$ 330,39. A capital cearense também acumula a maior alta no valor da cesta básica em 2017 até o momento, na base de 4,71%, seguida por Maceió (+4,16%) e Natal (+3,97%). Nos últimos 12 meses o cenário se repete, com Fortaleza tendo tido aumento de 11,73% no preço – a única cidade pesquisada com resultado acima de 10%.

O pão nosso

Segundo o estudo, a alta posição da Capital no ranking dos maiores preços é reflexo dessa alta dos preços de produtos cotados nos últimos 12 meses. Nesse período, Fortaleza registrou a maior variação do Nordeste nos preços do pão (7,5%), da banana (24,9%) e do feijão (8,7%). No acumulado do ano, a cidade teve o maior aumento para a banana (20,2%) e para o leite (9,6%).

Nordeste

A média regional para o Nordeste no valor da cesta básica teve queda de 4,3% no mês de agosto. No acumulado do ano, a região acumula aumento de 1,4% no preço da cesta básica até o momento, sendo a única região com variação positiva nesse intervalo – com a maior queda sendo observada no Centro-Oeste (-8,0%), seguido por Norte (-4,5%), Sudeste (-3,6%) e Sul (-1,1%). A variação dos últimos 12 meses também é maior no Nordeste do que no restante do Brasil, na base de 5,4%, com o Sul (+4,4%) sendo a única outra com variação superior a 1%.