Os caminhoneiros estão nas estradas e não escondem o semblante de insatisfação. O descontentamento se deve ao aumento do preço do diesel. A elevação do preço do dólar teve impacto no tanque dos caminhões que provocou mais custos para empresas e consumidores. No Ceará, essa insatisfação é visível.
O preço do diesel nos postos brasileiros disparou nesta semana e voltou ao patamar anterior à greve dos caminhoneiros, mesmo com o desconto de R$ 0,30 por litro concedido pelo governo. A gasolina também manteve alta e chegou a patamares de 2008.
De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o litro do diesel foi vendido nos postos brasileiros a R$ 3,683 por litro, alta de 4,27% com relação à semana anterior.
É a segunda semana seguida de alta, com repasses do reajuste autorizado no fim de agosto pela ANP, dentro do programa de subvenção criado em maio para por fim à greve que parou o país por duas semanas.
Na semana anterior à greve, o litro de diesel era vendido, em média no país, por R$ 3,653, em valores corrigidos pela inflação. O preço atual, portanto, está apenas R$ 0,015 menor do que o valor que levou à paralisação.
O reajuste autorizado pela ANP no preço tabelado respondeu ao aumento das cotações internacionais e à desvalorização cambial, que já haviam consumido parte do desconto de R$ 0,30 por litro prometido pelo governo aos caminhoneiros.
Segundo a ANP, a gasolina também teve a segunda semana seguida de alta, chegando a R$ 4,628 por litro, em média no país – aumento 2,27% com relação à semana anterior.
O valor supera o recorde de 2018, atingido no início de junho, de R$ 4,625 por litro, já corrigido pela inflação. E se aproxima do patamar de R$ 4,63 por litro do início de 2008, também corrigido pela inflação.