o prefeito Roberto Cláudio confirmou, em transmissão ao vivo pelas redes sociais, uma tendência de redução na demanda por atendimentos de saúde em Fortaleza. Em virtude do cumprimento de ações preventivas e assistenciais, as unidades de saúde da Capital têm registrado menor índice de internações pela Covid-19.
O Gestor apresentou gráficos que revelam a dimensão do enfrentamento ao novo coronavírus realizado pelo Município em parceria com o Governo do Estado.
“Estamos diante de dados favoráveis que demonstram certo alívio na pressão da assistência à saúde. Isso é produto de múltiplas ações integradas que geraram efeito positivo no enfrentamento a essa pandemia”, introduziu.
Postos de Saúde
Os dados epidemiológicos apresentados reiteram expressiva queda na demanda diária por atendimento nos Postos de Saúde em virtude de quadros gripais. Na última sexta-feira (05/06), Fortaleza registrou o menor índice desde o final do mês de abril.
“Na primeira semana de maio, foram registrados, em um dia, 2.139 pacientes à procura de atendimento nos Postos de Saúde. Desde então, no início de cada semana, tem havido uma tendência de redução bastante consistente desse número. Na última sexta-feira, tivemos um recorde de redução, com 634 casos gripais atendidos pela Atenção Primária”, apontou.
Leitos de enfermaria
Na ocasião, o Prefeito também detalhou a tendência de queda da demanda por internação em leitos de enfermaria em virtude de quadros gripais sintomáticos suspeitos ou confirmados de infecção pelo coronavírus. No último domingo (07/06), 13 admissões foram registradas, reiterando a vertiginosa redução do número de casos na Cidade.
“Já chegamos a contabilizar mais de 100 pacientes demandando internação em enfermaria em um só dia. Com a constante redução observada, neste fim de semana, contabilizamos 17 internações na sexta-feira, 15 internações no sábado e 13 no domingo”, elencou Roberto Cláudio.
Leitos de terapia intensiva
Os casos mais complexos da doença, em decorrência de complicações respiratórias provenientes do quadro viral, também seguem em declínio. No último domingo (07/06), nenhum paciente ingressou no sistema público de saúde do Município demandando internação em leitos de terapia intensiva.
“No último dia 5 de maio, chegamos a contabilizar 32 internações praticamente simultâneas. Neste domingo, houve zero demanda”, anunciou.
Tendência de melhora
Roberto Cláudio apontou uma queda da ocupação de leitos hospitalares.
“Em maio, 96% dos leitos estavam destinados a moradores da Capital. Neste momento, há uma queda. 85% dos leitos hospitalares estão ocupados por pacientes de Fortaleza. Os demais seguem ofertados a moradores de municípios, como Caucaia e Maracanaú”, explanou.
Novo contexto
Em virtude do novo contexto estabelecido via decreto, o Prefeito reiterou importância da responsabilidade individual e coletiva durante a retomada gradual das atividades econômicas. Ao ressaltar os resultados conquistados, o Gestor apontou a necessidade da união de esforços entre a Prefeitura de Fortaleza, o Governo do Estado e a sociedade.
“O estabelecimento do isolamento social precoce, implantado em março e em vigor até o momento, garantiu, pela redução da velocidade de contaminação, a prevenção e a proteção de, pelo menos, nove mil vidas. A despeito da liberação gradual de algumas atividades, a Cidade segue em isolamento. Este é o poder mais transformador desta realidade. É importante que as pessoas só saiam de casa se fizerem parte dos grupos das atividades que abriram ou em caso de real necessidade”, disse.
Comitê Estadual de Enfrentamento
Diante dos novos dados epidemiológicos, Roberto Cláudio atribuiu parte do mérito à criação do Comitê Estadual de Enfrentamento ao Coronavírus.
“São várias instituições, diversos órgãos e especialistas, liderados pelo governador Camilo Santana, reunidos para construir consensos, compartilhar responsabilidades e gerar consciência. Por meio de várias mãos, temos buscado saídas e entendimentos”, argumentou.
Testagens em larga escala
O Estado do Ceará, referência brasileira na realização de testes para a detecção da Covid-19, de acordo com o Prefeito, tem cumprido um compromisso com a transparência e com a responsabilidade epidemiológica local.
“Hoje, somos o Estado do Brasil que mais testa. Confirmamos muitos casos em virtude do nível de testagem. Com esse tipo de informação, tem sido possível entender o comportamento da doença, como tem se espalhado, quais os grupos populacionais de maior risco. Assim, é possível detectar quando, onde e em que gravidade a doença tem se estabelecido para agir efetiva e responsavelmente”, declarou.
800 novos leitos
Dentre as medidas imprescindíveis implantadas em Fortaleza, Roberto Cláudio destacou a implementação de um sistema de saúde paralelo na Capital. Até o momento, 800 leitos foram abertos pela Prefeitura.
“Em toda a história da Cidade, em 10 hospitais e 6 UPAs, antes da pandemia da Covid-19, nós tínhamos 1.100 leitos. Por causa do quadro pandêmico, 800 novos leitos foram mobilizados, além daqueles abertos pelo Governo do Estado. Isso permitiu acolhimento e assistência mesmo nos momentos mais difíceis desta crise”, informou.
Investimentos na Atenção Primária
Paralelamente, os investimentos direcionados para a Atenção Primária à Saúde seguem impactando positivamente o cenário. Durante o pronunciamento, Roberto Cláudio enfatizou a importância da atuação das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) e dos demais profissionais envolvidos.
“Este esforço para diagnosticar casos da Covid-19 precocemente nos Postos de Saúde envolve a aquisição de equipamentos, como oxímetros de pulso, a atuação dos Conselhos Locais de Saúde, dos Agentes Comunitários e de Endemias. Realizamos, inclusive, busca ativa domiciliar por grupos de risco e estabelecemos tratamentos precoces em conformidade com as orientações da Escola de Saúde Pública do Estado”, lembrou.
Por fim, o Prefeito ressaltou a importância da manutenção dos cuidados individuais e coletivos para assegurar condições epidemiológicas e sanitárias propícias à retomada progressiva e responsável das atividades.
“É preciso seguir evitando aglomerações desnecessárias. Precisamos ter consciência para que essa retomada à vida cotidiana aconteça sem novas angústias e sem interrupções. Há um sistema de monitoramento diário. Caso haja uma nova realidade na assistência ou novos receios, esse processo será interrompido”, alertou.