O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, participou de coletiva na tarde deste sábado (18) no Estádio Presidente Vargas onde funcionará um hospital temporário para tratamento de casos de coronavírus. Ainda neste sábado, um dos blocos, com 51 leitos, começará a receber alguns pacientes transferidos de outras unidades de saúde.

De acordo com o prefeito, a previsão é de que 1 bloco com mais 51 leitos seja entregue nesta segunda-feira (20) e os outros 2 blocos, totalizando 4 blocos com 204 leitos, sejam entregues até a próxima sexta (24). O bloco que começa a funcionar hoje possibilitará o atendimento de pacientes encaminhados das Unidades de Pronto Atendimento (Upas) e outros hospitais municipais que precisam de acompanhamento específico.

Durante a coletiva, o prefeito Roberto Cláudio e a titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Joana Maciel, falaram sobre o acolhimento e a internação dos primeiros pacientes com sintomas da Covid-19 e também sobre a estrutura da obra. Roberto destacou que a modalidade de hospitais de campanha é uma recomendação dos órgãos internacionais de saúde para atender os pacientes neste momento de pandemia.

“A compreensão é que estruturas especializadas e específicas para o Covid-19, reduzem o risco de contaminação, propiciam uma estrutura e uma arquitetura hospitalar montada do zero para lidar com as características específicas de manejo de pacientes que o Covid-19 apresenta, além de dar a possibilidade de ser mobilizado e construído com recursos mais baratos, além de ter um prazo de montagem muito mais rápida”, afirma o prefeito, que avaliou a obra do hospital de campanha em R$ 4 milhões.

Roberto Cláudio explica que inicialmente o hospital foi planejado para ter 204 leitos de internação, não sendo estes para pacientes em estado grave. A ideia é de se encaminhe os casos mais graves para dois centros de referência, o Hospital Leonardo Da Vinci e o IJF 2.

No entanto, o prefeito pondera que um paciente que chegue ao hospital temporário estando em um estando em um quadro moderado pode eventualmente desenvolver sintomas de insuficiência respiratória, sendo necessária uma estrutura para assistir esses pacientes com um quadro mais grave.

“Essa primeira ala do hospital com 51 leitos […] terá, desses 51, 10 leitos para garantir suporte ventilatório, com ventilador, monitor, todo o equipamento para caso o paciente agrave os sintomas respiratórios a gente tenha a capacidade de agir rapidamente”, informa Roberto, que salienta que no caso da infecção por coronavírus, a entubação precoce é uma das medidas importantes que pode afetar o prognóstico do paciente.

Além disso, diante da estimativa de demanda hospitalar observada a partir da curva de casos da doença no estado, o prefeito informa que já há a necessidade de uma eventual expansão do hospital.

“Por isso a gente já está trabalhando em dois blocos, que a gente imaginou que só fosse precisar deles mais a frente, mas os sinais agora, a curva de incidência, inclusive de pacientes agravados, indicam que a gente vai precisar muito em breve desses outros dois blocos”, diz Roberto, que anuncia que a expansão contará com mais 132 leitos, totalizando 336 leitos com previsão de entrega até os primeiros 15 dias de maio.