Em nova reunião dos líderes do chamado “centrão” neste sábado na capital paulista, o PRB deve defender uma candidatura ao Planalto de centro-direita, na tentativa de afastar os partidos do grupo de Ciro Gomes (PDT) e Jair Bolsonaro (PSL). Mesmo sem declarar apoio abertamente, a predileção da legenda é pelo tucano Geraldo Alckmin. Já Ciro tem a preferência do PP e Solidariedade. O ex-capitão do exército conversa com o PR, mas a negociação esfriou após Magno Malta dizer que não será mais vice na chapa. O DEM não tem uma posição clara, ainda que por afinidade ideológica costume se aliar ao PSDB.
A preocupação do PRB, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), é de que o grupo escolha o nome de um candidato “conciliador” e “tolerante”, características que não se assemelham aos perfis de Bolsonaro e de Ciro. Embora a legenda ainda mantenha como pré-candidato o empresário Flávio Rocha, com dificuldades de decolar nas pesquisas e apenas 1% de intenções de voto, internamente há uma avaliação de que ele tem poucas chances. Oficialmente, porém, o partido tem dito que o nome de Rocha está mantido.
Outra possibilidade seria que o empresário fosse candidato a vice, mas ele tem negado essa opção. Já recebeu inclusive uma proposta para integrar como vice a chapa do pré-candidato Álvaro Dias (Podemos), mas também negou a oferta.
— Eu quero tentar influenciar para que o grupo (Centrão) não vá para candidatura de esquerda ou extremo — disse ao GLOBO Marcos Pereira, presidente do PRB nacional, após participar de evento na igreja Sara Nossa Terra junto com Flávio Rocha e o ex-prefeito de São Paulo João Doria.
— O Brasil tem que ter um presidente que caminhe pela conciliação, que caminhe no centro-direita, que tenha mais atenção aos temas que são caros à família, e à sociedade brasileira, que é cristã — disse o deputado, que é bispo licenciado da Igreja Universal.
O encontro será um almoço entre presidentes dos partidos que costuram o acordo, entre eles estão ACM Neto e Rodrigo Maia, ambos do DEM, Paulinho da Força (SD), Ciro Nogueira (PP) e Marcos Pereira (PRB).
Uma das noivas mais cortejadas, o PR não deve mandar representantes. Valdemar Costa Neto pediu mais tempo para externar uma posição. Ele só deve conversar com os líderes na segunda-feira.
Com informações O Globo