O deputado federal André Figueiredo (PDT) entrou na corrida pela sucessão do presidente da Câmara Federal com a expectativa de reunir apoios das bancadas do PT, PC do B, Rede e PSOL, mas, a três dias da eleição, chega isolado e com a candidatura esvaziada. Agora, André fica sem o apoio do PSOL que quer lançar candidato próprio.
O líder do PSOL na Câmara Federal, Ivan Valente (SP), disse que o pedetista não tem “apelo” na bancada e que o PSOL deve lançar candidatura própria. “A tendência mais forte hoje no PSOL é lançar candidatura própria”, afirmou Valente.
Segundo Ivan Valente, a legenda deve bater o martelo sobre o assunto na próxima terça-feira (31). Os nomes mais cotados para serem candidatos são os dos deputados Chico Alencar (RJ) e Luiza Erundina (SP), que já participaram de disputas anteriores para presidência da Câmara pelo PSOL.
De acordo com Ivan Valente, embora a oposição tenha um candidato na disputa, seu partido não deve apoiá-lo. “No PSOL, o André Figueiredo não tem apelo grande. O lado positivo é que ele não é golpista. O PDT não apoiou o impeachment (da ex-presidente Dilma Rousseff, do PT), mas não faz oposição cerrada ao governo Temer”, justificou.
O líder do PSOL afirmou também que o candidato do PDT não conseguiu “unificar” a oposição. Terceiro maior partido opositor, o PCdoB já anunciou apoio à reeleição do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Já o PT, segunda maior sigla da Casa, deve votar majoritariamente em Maia ou no líder do PTB, Jovair Arantes (GO).
O atual presidente da Mesa Diretora, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), é o favorito para ser reeleito. Outros dois nomes – Rodrigo Rosso (PSD) e Jovair Arantes (PTB), também, estão na disputa pela presidência, além do cearense André Figueiredo.