O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje (8) que, a partir da semana que vem, vai se reunir com ministérios da área de infraestrutura para alinhar a retomada de obras paradas pelo país. A intenção do presidente é acelerar as entregas e impulsionar a economia e a geração de empregos.

“Vamos tentar acabar tudo aquilo que estava começado e ficou parado. e não queremos saber em que período de governo foi feito, queremos saber se a obra é de interesse da cidade ou do estado”, disse Lula durante café da manhã com líderes de partidos da base aliada do governo no Congresso Nacional.

Na próxima terça-feira (14), o presidente estará na Bahia, inaugurando um empreendimento de moradias populares, e na sequência vai para Sergipe para participar de evento de retomada de obras da BR-101.

“Vamos viajar na perspectiva de colocar roda gigante da economia para funcionar”, afirmou. “Se conseguirmos fazer com que todas as obras que estão paradas comecem a funcionar, a gente pode contribuir para fazer com que a economia brasileira não seja o desastre previsto pelo FMI [Fundo Monetário Internacional] na última avaliação deles”, completou.

O FMI elevou a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do Brasil em 2023, mas o crescimento ainda é baixo. A projeção de crescimento, divulgada em janeiro, passou de 1% para 1,2%. Por outro lado, a estimativa para 2024 caiu 0,4 ponto percentual, com expectativa agora de expansão de 1,5% da economia.

Para o presidente, é preciso retomar projetos voltados para as cidades, como em saneamento básico, que “gera muito emprego e melhora muito a qualidade de vida das pessoas”.

Diálogo

Lula recebeu presidentes e líderes de 16 partidos para um café da manhã no Palácio do Planalto, em Brasília, e convidou os deputados e senadores da base para estar mais perto do Executivo nos projetos de interesse. Segundo o presidente, o governo quer estabelecer uma relação harmônica, sincera e verdadeira com o Congresso Nacional.

“A reunião de hoje é o começo de uma nova relação entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo”, disse. “Tenho certeza [de] que vamos conquistar uma maioria ampla para fazer as mudanças que precisamos fazer neste país”, completou, destacando a importância de as negociações serem mais precisas e céleres.

“Nós não queremos a desarmonia, nós queremos que haja divergência, que é normal, faz parte do jogo democrático, nós não temos que concordar com tudo, e deputados não tem que aprovar tudo que o governo mande”, afirmou o presidente. “Nós temos a chance de mostrar ao Brasil que é possível conviver democraticamente na diversidade.”

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação com o Congresso, disse que a ideia é manter um fórum permanente, com a expectativa de reuniões mensais com o presidente da República. Participaram do encontro os presidentes e líderes de cada partido da base na Câmara e Senado, além dos líderes do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), e no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

(*) Com informações da Agência Brasil