FOTO: PEDRO FRANÇA/AGÊNCIA SENADO

A secretária de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, voltou, nesta segunda-feira, ao noticiário nacional. O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), cobrou, em entrevista à Rádio Eldorado, de São Paulo, que Mayra seja afastada do cargo que ocupa.

“Se você pensa com a ciência, não pode manter uma pessoa que é contra a ciência”, afirmou Aziz, ao recomendar que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afaste Mayra do cargo de secretária de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde. Um requerimento, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com pedido para afastamento de Mayra, será votado nesta terça-feira pela CPI. A justificativa é de que Mayra estaria obstruindo as investigações do colegiado.

A médica cearense tem ocupado espaços na mídia nacional após ser citada como uma das responsáveis pela defesa do uso de medicamentos sem comprovação científica para o tratamento da Covid-19. Mayra, que chegou a prestar depoimento à CPI, teve o sigilo telefônico quebrado. O conteúdo do vazamento de mensagens trocadas pelo whatasapp a levou a entrar com ação por danos morais contra o presidente da CPI, senador Omar Aziz.

AGENDA DE DEPOIMENTOS

A CPI da Covid-19 retoma, a partir desta terça-feira, a agenda de depoimentos com o objetivo de apurar investigações sobre erros nas ações do Governo Federal para o combate à pandemia. Além do requerimento de Randolfo, que pede o afastamento de Mayra Pinheiro, outros 133 requerimentos entraram na pauta de votação do Plenário da CPI. Os senadores miram, também, investigações sobre irregularidades na compra da vacina Covaxin.