Preso pela Polícia Federal, o empresário Antônio Celso Grecco, presidente da Rodrimar, disse que o presidente Michel Temer, em um encontro em Brasília, disse que avaliaria como ajudar a resolver uma pendência no Porto de Santos quando ainda era vice-presidente, mas nada foi feito. As informações são da Folha de S. Paulo.
Segundo a publicação, a Rodrimar havia vendido um espaço no complexo portuário à Eldorado Celulose, do grupo J&F, mas o governo federal barrara a transferência de mais duas áreas contíguas para a empresa dos irmãos Batista.
A reportagem destaca, ainda, que além disso, a obra iniciada pela Eldorado estava atrasada e havia sido embargada pela Codesp (Companhia Docas de São Paulo), estatal que administra o porto.
Grecco disse que, diante disso, esteve em Brasília com “pessoas da Eldorado e tratou diretamente com a Vice-Presidência”, sendo que “foi apresentar o projeto de adensamento [integração das três áreas] para a construção” de um terminal de celulose da Eldorado.
Conforme Greco, o presidente disse que iria ver o que poderia fazer. O empresário foi preso na quinta (29) na operação Skala, que mira amigos de Temer e executivos de empresas portuárias por suposto envolvimento em um esquema de pagamento de propina ao presidente por favorecimento no governo.
Nessa sexta-feira o presidente Temer disse em nota que a ‘trama soa a farsa’ e que investigação busca destruir sua reputação. A declaração foi dada após reunião com ministros no Palácio da Alvorada, por intermédio da assessoria de imprensa do presidente, A noa diz que autoridades “repetem o enredo de 2017”, quando Temer foi denunciado por duas vezes pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que a ofensiva agora “soa a farsa”.
“Sem ter fatos reais a investigar, autoridades tentam criar narrativas que gerem novas acusações. Buscam inquéritos arquivados duas vezes pelo Supremo Tribunal Federal, baseados em documentos forjados e já renegados formalmente à Justiça”, diz a nota, que acusa ainda os investigadores de tentarem “destruir a reputação” do presidente.
Com Agências de Notícias