O presidente do Banco do Nordeste, Marcos Holanda, em artigo, destaca os avanços da instituição em seus 65 anos de existência e os novos desafios em termos de investimentos para o desenvolvimento econômico e social da região. Segundo Marcos, o BNB tem aplicada o Fundo Constitucional do Nordeste (FNE) ‘’cada vez melhor, continuando a ser líder na oferta de microcrédito, sendo o Banco da micro, pequena e média empresa e o Banco da inovação’’. Abaixo, íntegra do artigo de Marcos Holanda ao comemorar os 65 anos de fundação do BNB. 

O Banco do Nordeste completa 65 anos focado no futuro, nos próximos 65 anos. Enfrentaremos o futuro aplicando o Fundo Constitucional do Nordeste – FNE cada vez melhor, continuando a ser líder na oferta de microcrédito, sendo o Banco da micro, pequena e média empresa e o Banco da inovação.

Fazer o FNE cada vez melhor é aplicá-lo com eficácia, eficiência, efetividade e ética. É assegurar à sociedade que o Banco merece ser o único operador do Fundo. É mostrar com evidências que argumentos simplórios, e às vezes preconceituosos, de que o Fundo é mal gerenciado e que não deve existir são equivocados. As linhas de financiamento FNE Sol, FNE Água,  FNE Infraestrutura, e FNE Inovação são exemplos do propósito de fazer um FNE cada vez mais efetivo e conectado com o futuro. Para contextualizar, em 2016 os créditos do BNDES para a Região caíram 60%, enquanto os do BNB caíram 4%, o que mostra que é o BNB, a partir do FNE, quem garante crédito de longo prazo para o Nordeste.

O Crediamigo e o Agroamigo são os programas de microcrédito que dão ao Banco a liderança na América Latina no setor. São programas de inclusão financeira que dão crédito a quem precisa e está excluído do mercado. O microcrédito é com certeza uma porta de saída da pobreza e aloca no Nordeste 67% do que o programa Bolsa Família faz. Bom lembrar que o Bolsa Família permite a convivência com a pobreza enquanto o Crediamigo viabiliza a saída dela.

O Crediamigo é inclusivo, 67% dos clientes são mulheres, é focado, 50% dos beneficiários têm renda inferior a R$ 1.000, é efetivo, 60% saíram da linha da pobreza. As micro, pequenas e médias empresas são público prioritário do Banco. O BNB é único na sua capacidade de apoiar o empreendedor quando ele ainda nem existe formalmente, com o microcrédito e a partir daí ser seu parceiro na sua evolução.

Queremos ser o banco das médias cidades e das médias empresas do Nordeste. Lançamos o Fórum G20+20 para incentivar negócios nas 40 cidades médias do Semiárido. Por último e não menos importante, seremos o banco da inovação. O Banco é o primeiro banco público a criar um centro de inovação, o Hubine (Hub Inovação Nordeste). O Hubine propõe-se a ser um hub de pessoas talentosas, com capacidade de criar e inovar, e com isso gerar novas riquezas e renda.

O Nordeste só avançará no desenvolvimento se apostar na inovação. A riqueza do mundo não está mais no fazer e sim no criar. Temos o insumo que o mundo todo deseja: jovens talentosos e criativos. Com a rede Hubine queremos incentivar a retenção dos talentos e parar com o contrassenso que é a Região exportá-los.

Em resumo comemoramos 65 anos de grande contribuição ao Nordeste, assumindo o compromisso de continuarmos nos próximos 65 anos sendo o banco de desenvolvimento que faz a diferença na vida das pessoas.