O presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim, afirmou, na manhã desta quinta-feira (07), em audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), que o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) contribui para o desenvolvimento econômico e social da Região e para a redução das desigualdades inter e intrarregionais. O BNB administra o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Segundo o presidente do BNB, os recursos do Fundo destinam-se prioritariamente a atividades produtivas de pequenos e miniprodutores rurais e pequenas e microempresas, ressaltando que, com apenas 8% das agências, o Banco do Nordeste é líder em financiamentos na sua área de atuação, sendo responsável por 69,9% de todos os financiamentos e por 54,8% dos financiamentos rurais da Região.

Na audiência, que discutiu o papel estratégico dos bancos de desenvolvimento como operadores dos fundos constitucionais, também participaram representantes do Banco da Amazônia, que administra o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO), e do Banco do Brasil, responsável pela aplicação dos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do  Centro-Oeste (FCO).

Resultados

Até outubro deste ano, o Banco do Nordeste financiou R$ 21,5 bilhões com recursos do FNE em toda a área de atuação da instituição, que inclui os nove Estados nordestinos e o norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Somados às demais fontes, notadamente os recursos voltados para o microcrédito, os números de aplicações do BNB em 2019 chegam a R$ 31,6 bilhões investidos em 4,2 milhões de operações. Somente para as micro e pequenas empresas da Região, o BNB destinou, neste exercício, aproximadamente R$ 3 bilhões, distribuídos em 36 mil contratações.

O programa de microcrédito urbano do BNB, o Crediamigo, é um dos três maiores programas de microcrédito do mundo e já contratou, este ano, R$ 8,3 bilhões. O Crediamigo tem como base a Política Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), que atende empreendedores formais e informais, por meio de metodologia própria concebida pelo Banco do Nordeste, podendo oferecer empréstimos de até R$ 21 mil. O BNB responde  por 65% de todo o microcrédito produtivo orientado do país.

Impactos

Romildo Rolim também apresentou os impactos gerados pelas aplicações do FNE, na Região e no país. Em 2018, foram investidos R$ 32,7 bilhões na economia da Região, o suficiente para gerar ou manter 1,9 milhão de empregos e aumentar a massa salarial em R$ 20,8 bilhões no país. O estudo é do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), órgão de pesquisas do BNB.

De acordo com o trabalho, no ano passado, o valor aplicado com recursos do FNE na área de atuação da instituição gerou  incremento de R$ 12,2 bilhões na arrecadação tributária e de R$ 130,6 bilhões no valor bruto de produção do Brasil. Segundo o estudo, foram R$ 64,3 bilhões no valor direcionado à economia nacional.

O impacto do FNE no crescimento da massa salarial nos empreendimentos financiados foi 45,2 pontos percentuais superior em relação aos não financiados, após cinco anos de financiamento. No crescimento do emprego, o impacto foi de 37,57 pontos percentuais  no mesmo período.