“Tenho respeito por tudo que foi adotado nas gestões anteriores, mas evidentemente vou imprimir a minha ideologia na adoção dessas medidas”. A afirmação é do ministro do STF, Luiz Fux, que foi eleito, nessa quinta-feira, 7, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Estará nas mãos de Fux o comando das eleições gerais de 2018 (Presidência da República, Governos Estaduais, Senado, Câmara Federal, Câmara Distrtal e Assembleias Legislativa). Fux toma posse no dia 6 de fevereiro de 2018.
O novo presidente do TSE elegeu como um dos desafios da sua gestão o combate às notícias falsas na internet, as chamadas fake news. As notícias fabricadas e muitas vezes divulgadas sob falsas fachadas de veículos reais) disseminadas na internet, em especial nas redes sociais e aplicativos de mensagem, podem influenciar o eleitor a caminho dos locais de votação, geram prejuízos a quem é alvo dos ataques e deixam na impunidade quem as publica.
Cautelo, Luiz Fux não quis, porém, expor detalhes sobre as suas ações: “De modo que não quero antecipar ainda o que vou fazer, mas acho que tem de haver um mecanismo de obstrução a “fake news” para que elas não sejam capazes de influir no resultado da eleição”, disse o ministro. O TSE está organizando um grupo para discutir como evitar a proliferação de “fake news” no próximo ano a fim de reduzir potencial impacto nos resultados das urnas.
Um levantamento mostra que, por exemplo, duas campanhas presidenciais em 2016 –Donald Trump, nos Estados Unidos, e Emmanuelle Macron, na França–, foram bombardeadas com notícias falsas. Segundo o Ministro Luiz Fux, as “fake news” “efetivamente podem influenciar negativamente numa candidatura legítima”.
Com informação do Estadão