A presidente da Executiva Nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), agitou a base aliada ao Palácio do Planalto ao reagir à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição de presidente, governador e prefeito.
O texto nasceu no Senado e recebeu aval do presidente da Mesa Diretora, Rodrigo Pacheco (MG), como uma das pautas para o primeiro semestre de 2024. De acordo com a PEC, os mandatos no Poder Executivo passariam, a partir de 2026, de quatro para cinco anos.
Segundo a presidente nacional do PT, a proposta é “oportunista” e representa um “retrocesso”. Gleise considera que a PEC “reduz os poderes do presidente” e beneficia a “maioria conservadora”.
A Proposta de Emenda à Constituição foi apresentada pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO), que integra a base de apoio ao Governo Lula. Pela proposta, o atual mandatário não seria afetado pela mudança constitucional e concorreria, em 2026, a um novo mandato.
Para Gleisi Hoffmann, a reeleição, que foi aprovada em 1997, recebeu o apoio das elites, mas quando o PT passou a governar e vencer a disputa presidencial por quatro vezes seguidas (2002, 2006, 2010 e 2014), deixou de ser interessante. O primeiro beneficiário da reeleição foi o então presidente Fernando Henrique Cardoso.
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