O vice-presidente de futebol do Flamengo, Flávio Godinho, que foi alto executivo do grupo EBX, holding do empresário Eike Batista, deixou nesta tarde de quinta-feira, 26, a sede da Polícia Federal (PF) no Rio. Godinho foi preso preventivamente nesta quinta-feira, na Operação Eficiência, deflagrada pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF) do Rio.
A Eficiência é um desdobramento da Calicute, operação da força-tarefa da Lava Jato sediada no Rio, que culminou na prisão do ex-governador Sérgio Cabral, em novembro de 2016. A fase deflagrada nesta quinta-feira apura a ocultação de mais de US$ 100 milhões no exterior por Cabral.
Segundo os procuradores, Godinho foi o responsável por montar a “engenharia financeira” de um repasse de US$ 16,5 milhões de Eike para Cabral.
Ainda na manhã desta quinta-feira, após a prisão de Godinho, o Flamengo soltou comunicado oficial para dizer que tomou conhecimento do fato, que julga ser “de cunho pessoal”. “Por prezar pela transparência em sua gestão e incentivar que este valor seja aplicado em todas as esferas da sociedade, o Flamengo espera que todos os fatos sejam apurados e esclarecidos”, diz a diretoria.
Godinho, homem forte do futebol do Flamengo, perdeu seu cargo. O departamento de futebol segue sob comando do diretor Rodrigo Caetano e, segundo o clube, mantém o planejamento inalterado. Já a vice-presidência de futebol passa a ser acumulada pelo presidente Eduardo Bandeira de Mello.
Fonte: Estadão Conteúdo