Presidiários da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II), em Itaitinga, realizam rebelião no local deste a tarde dessa terça-feria (13). Eles queimaram colchões e quebraram celas em um motim. Segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), oito detentos ficaram feridos. A superlotação na unidade e tentativas frustradas são alguns dos motivos para os detentos terem se rebelado, segundo o Sindicato dos Agentes e Servidores Públicos do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará (Sindasp).

A Sejus informou que agentes penitenciários plantonistas e equipes do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape) foram acionados e conseguiram controlar momentaneamente a situação.

Já nesta manhã, os presos voltaram a entrar em conflito e danificar as dependências do presídio. A fumaça de um princípio de incêndio causado pelos colchões queimados ainda estava presente na unidade nesta manhã.

Conforme o presidente do Sindasp, Valdemiro Barbosa, os presidiários que se rebelaram na CPPL2 são de uma mesma facção criminosa e estão soltos dentro do presídio. Segundo o sindicato, com o número reduzido de agentes penitenciários não é possível evitar conflitos no complexo prisional. Barbosa diz que a CPPL2 é uma das unidades que sofrem com a superlotação.

O Sindasp acrescentou que foram encontrados túneis dentro da unidade penitenciária e que fugas dos presos foram frustradas. Segundo Valdemiro Barbosa, esse também seria um dos motivos para que os detentos iniciassem o motim e destruíssem as celas.

Reforço policial

A Secretaria da Justiça informou que equipes do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar foram chamadas para reforçar a segurança e contornar a situação no presídio. Carros do Corpo de Bombeiros conseguiram controlar o fogo.

Por volta das 9h30, agentes penitenciários da unidade prisional, do Núcleo de Segurança e Disciplina (Nused) e do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (GAPE) haviam controlado algumas vivências. Policiais militares do Batalhão de Choque e do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da PM entraram para controlar as demais. Apesar do fogo, os danos nas celas foram pequenos, conforme a pasta.

A Sejus ressaltou que os presos que ficaram feridos foram levados para o hospital. Outros detentos tiveram pequenos ferimentos e foram tratados na própria unidade prisional.

Com informações G1