Se a reforma da Previdência não for feita pelo próximo governo, os gastos com aposentadorias, pensões e benefícios sociais do INSS, para trabalhadores do setor privado, saltarão de R$ 649 bilhões este ano para R$ 876 bilhões em 2026. Os números são apontados em um estudo do economista Fabio Giambiagi, chefe do Departamento de Pesquisa Econômica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES.
Na visão de Giambiagi, a evolução das contas públicas sem uma reforma da Previdência torna o teto inviável, pois não é possível um corte tão grande nos gastos não obrigatórios.
Para piorar, a reforma atualmente em discussão, conforme o formato definido na comissão especial do Congresso Nacional já não é mais suficiente, dada a intensidade dos problemas que se acumularam desde então, notadamente o aumento dos gastos com pessoal, que tolheu o espaço para as demais despesas.