Noites em claro, rotinas sobrecarregadas. Dormir é uma parte importante da vida de qualquer indivíduo. Os benefícios desse hábito, quando feito diariamente e de maneira correta, são inúmeros e impactantes. Entretanto, do outro lado da moeda, a privação de sono apresenta-se como um desafio para o bem-estar psíquico e ao funcionamento social humano. Essa condição, que pode ser aguda ou crônica, ocorre quando uma pessoa fica um ou dois dias dormindo muito pouco, com a intenção de se desdobrar em estudos para uma prova difícil, por exemplo. Almir Tavares, psiquiatra e médico do sono pela Associação Brasileira de Psiquiatria, explica que esse quadro ocorre quando dormir pouco — ou dormir um sono de má qualidade — torna-se um hábito incorporado à rotina do indivíduo. É recomendável que um adulto durma, pelo menos, de sete a nove horas por noite. Atualmente, alguns comportamentos colocam à prova esse hábito.
Ações como ver filmes ou séries na televisão, uso do telefone na cama, jogos eletrônicos em excesso antes de dormir e até mesmo estudos ou obrigações do lar podem atrapalhar a busca pelo sono desejado. O desalinhamento de horários relacionados ao sono leva um nome específico, que vem ganhando cada vez mais força nos últimos anos. O termo jet lag social é um fenômeno presente na vida de muitas pessoas, sobretudo daquelas que acordam cedo durante a semana e tentam amenizar as consequências desse hábito dormindo mais aos sábados e domingos.