O cenário de desemprego o crescente número de brasileiros endividados tem levado ao aumento da procura pelo chamado seguro prestamista. O percentual de famílias com dívidas em atraso, em setembro, ficou em 65,1%, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Na prática, ele cobre o pagamento de dívidas em caso de desemprego, perda de renda, morte ou invalidez. A modalidade registrou alta de 23,79% no volume de contratações, no primeiro semestre de 2019, na comparação com o mesmo período do ano passado, movimentando R$ 6,8 bilhões em prêmios, segundo a Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).

O seguro é usado como garantia para operações financeiras, como empréstimo, cheque especial, cartão de crédito, consórcio e financiamento. Sua contratação não é obrigatória ao contrair uma dívida a prazo. Mas, ao aceitar a cobertura, o consumidor paga o valor do seguro embutido nas prestações do produto.

De acordo com as regras da Superintendência de Seguros Privados (Susep), a modalidade prestamista não pode ser comercializada diretamente por bancos ou seguradoras para os consumidores. As instituições financeiras ou as credoras fazem um acordo com as seguradoras para oferecer o seguro aos seus clientes. Assim, se a empresa em questão não tiver o acordo, não é possível contratar sozinho esse tipo de seguro.