O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou, nessa terça-feira, os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff pelo crime de organização criminosa. Os inquéritos foram abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) em decorrência da Operação Lava-Jato. Segundo Janot, o valor da propina recebida por eles e outros seis políticos do PT, chegou a 1 bilhão e 485 milhões de reais. O procurador-geral apontou Lula como líder e “grande idealizador” da organização criminosa, devendo inclusive ser condenado a uma pena maior por isso.
Também foram denunciados: a senadora Gleisi Hoffmann, os ex-ministros Antonio Palocci, Guido Mantega e Paulo Bernardo, além de Edinho Silva, atual prefeito de Araraquara (SP); e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. De acordo com Janot, a organização praticou ações não só na Petrobras, mas também em outros órgãos públicos, como o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério do Planejamento. Janot pede ainda que eles paguem ao todo R$ 6,8 bilhões, o que inclui devolução de dinheiro desviado e reparações por danos morais e materiais.
Lula afirmou, por meio de sua assessoria, que a denuncia de Janot é uma ação política e fruto de perseguição.
Já Dilma, que também se manifestou por nota de sua assessoria, afirma que a denúncia não apresenta provas ou indícios da materialidade de crime e que Janot está oferecendo a denúncia sem qualquer fundamento