Depois de fechar no vermelho por três anos seguidos, a indústria brasileira voltou a crescer e fechou 2017 em alta de 2,5%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2017, a indústria teve o melhor resultado desde 2010, quando a produção industrial havia avançado 10,2%.
Apesar desse resultado positivo, a indústria ainda está longe da quantidade que já produziu. “Quando a gente compara o patamar de produção, estamos ainda 13,8% distantes do pico da série histórica, observado em junho de 2013. Mas esse distanciamento já foi bem superior. Em fevereiro de 2016, por exemplo, essa distância era de 21,6%”, disse o gerente da Coordenação de Indústria do IBGE, André Macedo.
Em dezembro, o setor registrou alta de 2,8% em relação a novembro – a maior desde junho de 2013, quando chegou a 3,5%.
No ano, quem puxou a expansão da indústria foi o segmento de veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceu 17,2%. No setor automotivo, a expansão foi puxada pela exportação recorde de 762 mil veículos e por aquisições de empresas e taxistas no mercado interno. As vendas no varejo, para o consumidor comum, ainda não se recuperaram, segundo dados da Fenabrave.
Das sete atividades com queda na produção, a indústria de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis recuou 4,1%, contribuindo negativamente para o resultado geral da indústria.
Entre as grandes categorias econômicas, os destaques partiram de bens de consumo duráveis (13,3%) – impulsionada pela fabricação de automóveis e eletrodomésticos – e bens de capital (6%), sob influência do aumento da produção de equipamentos de transporte (7,9%), de uso misto (18,8%) e para construção (40,1%).
Na comparação de dezembro contra novembro de 2017, também foi o avanço de 7,4% da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias que puxou a alta da indústria. Ainda contribuíram produtos alimentícios (3,3%), que avançaram pelo segundo mês consecutivo.
Outras contribuições positivas relevantes vieram de produtos de borracha e material plástico (6,9%), de metalurgia (4,2%) e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,3%), entre outros.
Com informação do G1