A produção industrial caiu 1,8% em março ante fevereiro, na série com ajuste sazonal, divulgou nesta quarta-feira, 3, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio pior do que o piso das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 1,70% a uma expansão de 0,50%, com mediana negativa de 0,90%.
Em relação a março de 2016, a produção subiu 1,1%. Nessa comparação, sem ajuste, as estimativas variavam de retração de 0,60% a avanço de 3,80%, com mediana positiva de 2,10%.
No ano, a indústria teve alta de 0,6%. No acumulado em 12 meses, a produção da indústria acumulou recuo de 3,8%.
Bens de capital. A produção da indústria de bens de capital caiu 2,5% em março ante fevereiro. Na comparação com março de 2016, o indicador mostrou avanço de 4,5%. No ano, houve crescimento de 4,4% na produção de bens de capital. No acumulado em 12 meses, a taxa ficou negativa em 2,3%.
Bens de consumo. Em relação aos bens de consumo, a pesquisa registrou queda de 2,7% na passagem de fevereiro para março. Na comparação com março de 2016, houve avanço de 1,3%. No ano, a produção de bens de consumo subiu 1,5%. No acumulado em 12 meses, entretanto, houve redução de 3,4%.
Na categoria de bens de consumo duráveis, o mês de março foi de recuo de 8,5% ante fevereiro, mas alta da mesma magnitude, de 8,5% em relação a março de 2016. Entre os semiduráveis e os não duráveis, houve recuo na produção de 1,8% em março ante fevereiro e queda de 0,5% na comparação com março do ano passado.
Bens intermediários. Para os bens intermediários, o IBGE informou que o indicador teve redução de 1,8% em março ante fevereiro. Em relação a março do ano passado, houve aumento de 1,1%. No ano, os bens intermediários acumularam alta de 0,6%. Em 12 meses, houve redução de 3,8% na produção. O índice de Média Móvel Trimestral da indústria apontou recuo de 0,7% em março.
Setores. A produção industrial recuou em 15 dos 24 ramos pesquisados na passagem de fevereiro para março. “Essa queda de 1,8% (na indústria) em março ante fevereiro tem espalhamento importante entre atividades e categorias de uso”, ressaltou André Macedo, gerente na Coordenação de Indústria do IBGE.
Os principais impactos negativos foram registrados por veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,5%), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-23,8%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,3%).
Outras contribuições negativas importantes sobre o total da indústria foram das indústrias extrativas (-1,1%), máquinas e equipamentos (-4,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,4%), móveis (-11,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (-4,7%) e produtos de metal (-3,2%).
Na direção oposta, entre os nove segmentos que ampliaram a produção em março ante fevereiro o desempenho de maior importância para a média global foi de produtos alimentícios (1,3%), que eliminou parte do recuo de 2,4% verificado na leitura anterior.
Com informações O Estado de São Paulo