Professores da rede de ensino do Município de Fortaleza protestaram, nesta quarta-feira (1º de fevereiro), na abertura do Ano Legislativo de 2023 na sede da Câmara de Vereadores. O prefeito José Sarto (PDT), que fez um balanço das ações de sua administração, ouviu os protestos, mas disse que não pode ir além do que as finanças do Município permitem.
Os professores cobram o reajuste do salarial de 14,95% em relação a 2022, conforme a Lei Federal do Piso Nacional do Magistério (Nº 11.738/2008). A presidente do Sindiute, Ana Cristina Guilherme, voltou a dizer que, sem aumento dos salários, não tem aula – os professores não voltaram à sala de aula e o ano letivo de 2023 ainda não começou. Uma nova assembléia da categoria será realizada nesta quinta-feira.
Durante entrevista coletiva, o prefeito José Sarto disse que a proposta para os membros do magistério municipal equipara os salários ao piso estabelecido na portaria do Ministério da Educação, que é de R$ 4.420,55. Enquanto Sarto falava, ecoavam os gritos dos professores pedindo o aumento salarial e, ao mesmo tempo, ecoando ‘’fora Sarto”.
Segundo Sarto, reafirmou o compromisso com o piso, mas que não poderia “comprometer o orçamento da Prefeitura”. “Nenhum professor de Fortaleza, de nível médio, vai receber menos do que foi estabelecido pelo Ministério da Educação, que é de R$ 4.420,55. O piso está garantido”, afirmou Sarto, ao dizer que não pode abrir mão do respeito à lei orçamentária.
O Chefe do Executivo Municipal falou, ainda, sobre a responsabilidade no comando do Executivo. “Temos uma responsabilidade enorme com essa população [de estudantes e pais de alunos]. Compreendo que a categoria reivindique, lute, mas eu ponderei que voltem às suas atividades de aula para que a gente possa continuar a negociação”, observou José Sarto.